Durante um evento realizado nesta quarta-feira (20) na cidade de Russas, no Ceará, o presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou que o valor das mensalidades do Auxílio Brasil será de R$ 400.
Mesmo diante aos impasses no orçamento do novo programa social, o presidente afirmou que a quantia disponibilizada será 50% maior que a atual. No entanto, o político não explicou a origem dos recursos. “Temos a lei do teto, que respeitamos”, afirmou.
“Ontem nós decidimos, como está chegando ao fim o auxílio emergencial, dar uma majoração para o antigo programa Bolsa Família, agora chamado Auxilio Brasil, a 400 reais”, declarou o presidente durante um evento do edital para construção do Ramal do Salgado, no do rio São Francisco.
“Temos a responsabilidade de fazer com que recursos saiam do Orçamento da União, ninguém vai furar teto, ninguém vai fazer nenhuma estripulia no Orçamento. Mas seria extremamente injusto deixar 17 milhões de pessoas com valor tão pouco (sic) no Bolsa Família”, completou Bolsonaro.
A decisão do pagamento de R$ 400 deve ser válida até o fim de 2022, segundo o presidente. Desta quantia, cerca de R$ 200 seria um pagamento temporário, com metade fora do teto de gastos, tendo em vista a âncora fiscal do país, que ontem foi assunto de muitos debates negativos no mercado financeiro.
Embora a promessa de Bolsonaro seja ambiciosa, o Governo Federal busca meios para que de fato os R$ 400 saia do papel. Mesmo quanto a intenção era ampliar o benefício para R$ 300, a ideia da liberação da PEC dos precatórios já estava passando pelos corredores do Planalto.
O chefe do Estado ainda fez uma promessa ressaltando a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco e afirmou que a carga tributária do Brasil está elevada. “Mas, no meu governo, nada foi majorado”, disse, sem mencionar o ajuste para IOF para conseguir financiar parte do Auxílio Brasil.