Fim do mistério. De acordo com o Ministro da Cidadania, João Roma, o Governo Federal deverá pagar o Auxílio Brasil a partir de novembro para algo em torno de 17 milhões de brasileiros. Esse era o número que a imprensa vinha ventilando há semanas, mas que agora passa por uma confirmação oficial.
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Teremos portanto um aumento no número de beneficiários. Isso se compararmos com a atual versão do programa. De acordo com o Ministério da Cidadania, que responde pelo projeto, a atual versão do Bolsa Família atende hoje algo em torno de 14,6 milhões de pessoas. O número já é um dos maiores da história do benefício.
Só que se compararmos com o número total de usuários que recebem algum auxílio do Governo hoje, então teremos uma queda. Ainda de acordo com o Ministério da Cidadania, hoje cerca de 39 milhões de brasileiros recebem o Bolsa Família ou o Auxílio Emergencial. Os dois programas devem chegar ao fim agora no final de outubro.
No lugar dos dois, vai entrar apenas o Auxílio Brasil, com vaga para 17 milhões de pessoas. Pelas contas do Ministro da Cidadania, mais de 20 milhões de indivíduos que hoje recebem alguma ajuda do poder executivo ficarão sem nada a partir do próximo mês de novembro. Pelo menos nas condições atuais.
É justamente por isso que uma ala do Governo Federal está tentando prorrogar o Auxílio Emergencial. Para esses membros do Palácio do Planalto, é preciso seguir com os pagamentos do programa mesmo com o início dos repasses do Auxílio Brasil a partir do próximo mês de novembro. No entanto, ainda não há nada confirmado até aqui.
Relator do Bolsa Família
Em entrevista nesta semana, o relator da Medida Provisória (MP) do novo Bolsa Família deu algumas declarações polêmicas. Marcelo Aro (PP-MG) disse que não vê nenhum sentido na prorrogação do Auxílio Emergencial.
Na entrevista, ele argumentou que não faria sentido prorrogar o benefício porque o novo Bolsa Família vai estrear em novembro e vai poder atender os vulneráveis do país. Só que ele mesmo disse que a tendência é que o novo projeto atenda algo em torno de 17 milhões de pessoas.
Por essa conta, dá para dizer que mais de 20 milhões de indivíduos que hoje recebem algum tipo de auxílio do poder executivo ficarão sem nada dentro de mais algumas semanas. O próprio Ministro da Cidadania, João Roma, confirmou essa informação.
Várias ideias
O fato é que não faltam ideias no gabinete do Palácio do Planalto neste momento. De um lado, uma ala quer apostar apenas no novo Bolsa Família, e assim como o relator da MP do projeto, acredita que ele será suficiente para atender a população.
Outros aliados do Presidente Jair Bolsonaro acreditam que esse pode ser um movimento precipitado. Eles acreditam que o melhor mesmo é pagar a prorrogação do Auxílio Emergencial por mais alguns meses.
Para João Roma, qualquer que seja a decisão, o Governo vai respeitar as contas públicas. “Precisa ter muito cuidado e muito zelo na responsabilidade no quesito fiscal”, disse ele em conversa com jornalistas da TV Brasil.