Mais vagas para informais vira "arma" contra prorrogação do Auxílio

Aumento nas vagas para informais vira argumento contra prorrogação do Auxílio

De acordo com informações de bastidores, membros do Governo Federal dizem que Auxílio Emergencial não precisa ser prorrogado

O Brasil deu um salto no número de novos empregos nos últimos meses. Apesar de tímido, é de se notar que os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a vaga de trabalho que mais vem crescendo é a dos informais. São pessoas que estão trabalhando sem nenhum tipo de segurança no emprego.

De acordo com dados do IBGE, hoje no Brasil 4 em cada 10 indivíduos que estão trabalhando são informais. Atualmente, o força de trabalho do país tem cerca de 89 milhões de pessoas. Destes, estima-se que cerca de 36 milhões sejam empregados sem formalização do emprego. Estamos falando aqui da assinatura da carteira ou mesmo do contrato.

Esses números estão servindo de argumento para que o Ministério da Economia lute contra a prorrogação do Auxílio Emergencial. É que de acordo com o próprio Governo Federal, esse programa foi criado ainda no ano passado com o objetivo de atender justamente esses informais que não estavam conseguindo encontrar novos empregos.

Com o aumento das vagas para esse público, o Ministério argumenta que não há, neste momento, a necessidade de prorrogar esse Auxílio. Essa é uma visão que está causando muita polêmica nas redes sociais. Isso porque aparentemente boa parte da população é favorável ao pagamento do benefício neste momento.

De acordo com informações da revista Istoé, o Governo Federal já teria batido o martelo. Eles teriam decidido que irão prorrogar o Auxílio Emergencial por mais alguns meses. Só que esta decisão segue sem agradar em nada o Ministério da Economia. O Ministro Paulo Guedes vem afirmando que está preocupado com o orçamento do próximo ano.

O teto de gastos

No ano passado, o Governo Federal pagou parcelas do Auxílio Emergencial que podiam chegar até a R$ 1200 em alguns casos. Naquele momento, algo em torno de 70 milhões de brasileiros receberam o benefício por pelo menos uma vez.

De acordo com o Ministério da Economia, no entanto, aquela era outra realidade. É que naquele momento o país estava sob a batuta do período calamidade pública. Portanto, o Governo não estava precisando respeitar o teto de gastos públicos.

No final do ano passado, tanto o período de calamidade pública como o Orçamento de Guerra chegaram ao fim. Por isso, eles decidiram cortar o Auxílio Emergencial em um primeiro momento e depois decidiram retomar os repasses com os valores menores.

O Auxílio Emergencial

Hoje, de acordo com o Ministério da Economia, o Auxílio Emergencial está chegando na casa de algo em torno de 35 milhões de pessoas. Os valores atuais variam entre R$ 150 e R$ 375 a depender do público.

A tendência natural é que o programa ganhe uma prorrogação. Isso mesmo considerando essa pressão contrária de Guedes. De qualquer forma, o que se sabe oficialmente agora é que o projeto deverá chegar ao fim no final de outubro.

De acordo com informações do próprio Governo Federal, o Auxílio Emergencial acabou de bater a marca dos R$ 330 bilhões gastos. Esse montante inclui os pagamentos de 2020 e de 2021 somados.

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