A experiência na cozinha está diretamente ligada à matemática. Uma receita culinária possui as quantidades certas dos ingredientes e entender essa proporção é fundamental para produzir um prato para um número maior ou menor de pessoas.
Além disso, o cozinheiro também precisa administrar o tempo de preparo no fogo para que o alimento não queime, no forno para que asse corretamente ou na geladeira para que ele fique com a consistência desejada.
Ademais, utensílios também possuem aspectos matemáticos. O copo medidor, por exemplo, auxilia nas conversões de unidades de medida, ajudando na mistura de ingredientes.
A balança de cozinha pesa as porções, já o termômetro demonstra qual a temperatura ideal para realizar cada processo.
É possível afirmar que os números são fundamentais para o resultado final na cozinha, afinal deve haver uma sintonia entre a utilização dos ingredientes, habilidade do cozinheiro e a matemática.
A forma para bolo também é um utensílio que possui características matemáticas. Como toda figura geométrica, tem até um centróide.
Saber calcular as suas dimensões é importante para escolher o modelo correto.
Na internet é possível achar tabelas que relacionam o tamanho e o modelo do utensílio com a quantidade de massa que será assada.
Para seis xícaras, é indicada uma forma redonda com 20 centímetros de diâmetro e 5 centímetros de altura.
Mas se o modelo for retangular, as dimensões já mudam para 28 centímetros de largura, 18 centímetros de comprimento e 5 centímetros de altura.
E se for quadrada, é recomendável que tenha 20 centímetros de comprimento e de largura e 4 centímetros de altura.
Depois que o bolo é assado, a matemática continua. A divisão em fatias iguais é um exemplo prático dos estudos de fração.
Compreendendo a relação entre a gastronomia e a matemática como uma forma lúdica de envolver os estudantes, escolas passaram a realizar projetos com essa dinâmica.
Em 2019, antes da pandemia, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) divulgou reportagem que mostrava a experiência de 600 estudantes matriculados no ensino fundamental da Escola Maria Eugenia Lopes Gomes, localizada na cidade de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, com o projeto “Gastromática”.
Os alunos aprenderam conteúdos como fração e divisão, observando a realidade de preparos feitos na cozinha.
Iniciativa semelhante foi feita com alunos da Escola Estadual Plena Pedro Bianchini, localizada em Marcelândia, no Mato Grosso. Também antes da pandemia, a Secretaria de Estado de Educação divulgou informações sobre a experiência do projeto.
Todavia, a pandemia da Covid-19 e o ensino remoto têm dificultado a realização de atividades práticas. A expectativa é que, com o avanço da vacinação e o controle dos índices epidemiológicos, mais projetos permitam aos estudantes observar a matemática no dia a dia.
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