Atualidades: Surgimento do grupo terrorista nigeriano Boko Haram

O grupo terrorista Boko Haram é uma organização terrorista que atua na Nigéria com uma forte base militar e tem como objetivo acabar com a ocidentalização no país e formar uma república islâmica.

O grupo é conhecido e muito temido, sobretudo pelo seus ataques a igrejas, bares, escolas, entre outros. Desse modo, dissemina o medo e o terror por toda Nigéria.

Dito isso, trata-se de um tema cotado para vestibulares do país todo, assim como no Enem. Por isso vale ficar ligado nesse assunto, veja a seguir!

Boko Haram e a pobreza nigeriana

A Nigéria é um país africano e possui a maior população do continente, com ao menos 196 milhões de pessoas. Além disso, é o maior produtor de petróleo da África. 

Em contraste com a riqueza, a Nigéria tem um alto índice de corrupção. Com isso, o dinheiro oriundo do petróleo acaba sendo desviado, não sendo aplicado em prol da população. 

Dessa forma, o povo nigeriano sofre com a falta de infraestrutura e serviços públicos de qualidade, como saúde, educação, segurança, moradia, entre outros. 

Em suma, a Nigéria tem altíssimos níveis de pobreza, em contrapartida a população está em constante crescimento. E isso gera diversos problemas, desencadeando e agravando ainda mais fatores como a miséria, fome, proliferação de doenças, entre outros. 

Além disso, o país têm duas religiões dominantes, o islamismo e o cristianismo. A primeira localizada sobretudo na região norte do país, e a segunda pelo restante do território. 

Com esse cenário político, econômico e social a beira do caos, o grupo terrorista Boko Haram nasceu, buscando implementar diversas mudanças. 

Surgimento

O grupo surgiu na Nigéria no ano de 2002, posteriormente expandiu-se para países como Chade, Níger e Camarões, visando a implementação da lei islã: Xaria. 

Dessa forma, a organização terrorista é conhecida por ser “radical islâmica”, visto que apresenta características do fundamentalismo religioso. 

Mohammed Yusuf fundou o Boko Haram. Ele colocava culpa nos problemas do país em razão da cultura ocidental, e diante disso, uma erradicação era necessária. 

Além disso, o grupo visava atuar com uma assistência social e uma forte oposição ao governo, sobretudo por conta dos escândalos de corrupção, em decorrência disso, ganhou muitos simpatizantes no país. 

Com o passar dos anos o Boko Haram acabou se fortalecendo militarmente, tanto que no ano de 2013 ganhou reconhecimento como grupo terrorista pelos Estados Unidos. 

Em decorrência de um confronto armado, o líder do grupo Yusuf acaba morto, e com isso Abubakar Shekau, assume a liderança da organização. 

Por conta disso, a organização passa ser ainda mais radical, visto que o novo líder tem características mais radicais que o seu antecessor. 

Vale dizer, que além do fim da ocidentalização, o grupo busca a formação de uma república islâmica. Em busca disso, impõe métodos extremos como atentados, sequestros, assassinatos, entre outros.

Lealdade ao Estado Islâmico

Outro fator importante é que o Boko Haram declara lealdade ao Estado Islâmico e a Al-Qaeda em 2015.

Assim sendo, estima-se que milhares de pessoas foram mortas pelo Boko Haram, além de proporcionar a fuga de outros milhares por medo da organização. 

Vale frisar, que o grupo proíbe a participação de pessoas da organização em eleições. Outro ponto, é que o grupo proíbe a educação secular, livre de qualquer religião. 

Por fim, o nome Boko Haram vem da língua hausa e significa “a educação ocidental ou não islâmica é pecado”. A partir desses motivos, em 2014, o grupo sequestrou estudantes em Chibok. 

Eles invadiram a escola e sequestraram 276 meninas entre 16 e 18 anos. Algumas ganharam a liberdade, entretanto, muitas delas continuam com o paradeiro desconhecido. 

Ainda assim, estima-se que o grupo sequestrou mais de 10 mil mulheres e meninas ao longo de todos os conflitos.

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