Durante todo o século XX, a humanidade se defrontou com pelo menos quatro pandemias de caráter letal. A mais violenta delas foi a Gripe Espanhola, registrada no ano de 1918, que matou mais de 60 milhões de pessoas. Em seguida, aparece a do HIV/Aids, registrada a partir de 1981, e que vitimou mais 36 milhões de indivíduos. Desse modo, neste século, com apenas duas décadas, já foram 5 pandemias, das quais a da COVID-19 lidera em termos de óbitos e obstáculos ao tratamento farmacológico.
As pesquisas feitas pelos cientistas mostram que o aumento recente no número de episódios pandêmicos não é acaso. Esse fato está diretamente ligado ao aumento do desmatamento e das queimadas, principalmente nas regiões tropicais como os países da América Latina.
O Sudeste Asiático, que possui 15% do total de área de floresta tropical do mundo, também sofre bastante desse problema. Por lá, em apenas três décadas, foi desmatada uma área equivalente à Alemanha.
Por outro lado, nas Américas, a Amazônia vem enfrentando o aumento exponencial e deliberado do desmatamento desde o começo dos anos 2000, e bate recordes de destruição todos os anos. Tudo isso só comprova a ideia de que os últimos surtos epidêmicos têm origem na degradação ambiental e na ruptura violenta com as espécies e os ecossistemas.
Outro fator que foi e ainda é relevante para o surgimento de novas patologias é o acelerado processo de urbanização, geralmente feito de modo aleatório, com pouco ou nenhum planejamento.
Um exemplo disso aconteceu no século 14, quando a Peste Negra assolou a Europa. O contexto urbano populoso, sem condições necessárias de higiene e saneamento, além do contato próximo e descuidado entre humanos e animais produziram um cenário catastrófico. Grandes centros comerciais e metrópoles como Londres, por exemplo, sofreram profundos impactos econômicos e sociais.
Por fim, é possível concluir que ainda corremos altos riscos de passar por uma nova pandemia ou epidemia nos próximos anos, uma vez que as ações só serão tomadas em conjunto.
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