No ano de 2021, como medida para conter a escalada dos preços decorrente da pandemia de Covid-19, o governo federal implementou a isenção do imposto PIS/Cofins sobre o diesel, biodiesel e gás de cozinha.
Naquele momento específico, essa foi uma estratégia foi muito importante para mitigar os impactos econômicos da crise sanitária, que afetou intensamente a economia como um todo.
Entretanto, em setembro do mesmo ano, observou-se o retorno parcial da cobrança desses tributos, sinalizando uma transição na política fiscal adotada.
Assim, foi instituído que de 1º de janeiro de 2024, haveriam modificações significativas nesse cenário tributário. O governo federal determinou o restabelecimento integral da cobrança do PIS/Cofins sobre o diesel, biodiesel e gás de cozinha.
Diferentemente do período anterior, quando a tributação era aplicada de forma parcial, a alíquota agora volta a incidir de maneira completa sobre esses produtos.
É importante entender que, tal mudança tem repercussões diretas no custo final para o consumidor, impactando o bolso de milhões de brasileiros.
Então, se você está interessado em compreender melhor as implicações financeiras dessa decisão governamental e como ela afeta o seu orçamento, convidamos você a prosseguir com a leitura completa deste artigo.
Vamos analisar detalhadamente o contexto, as razões por trás da medida e as possíveis consequências para os consumidores.
Novos ajustes nos preços do Gás de Cozinha e Diesel: entenda as mudanças
Como mencionamos anteriormente, a dinâmica dos preços do gás de cozinha e do diesel está novamente em destaque, refletindo alterações na tributação e outros fatores que impactam diretamente o bolso do consumidor.
Gás de Cozinha em foco: reajuste anunciado pela Acelen
A Acelen, responsável pela gestão da Refinaria Mataripe, comunicou um reajuste significativo de 8,23% a 9,95% no Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) destinado às distribuidoras a partir de 1º de janeiro.
O Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado (SINREVGÁS) estima que essa atualização pode resultar em um aumento de até R$ 8 no valor do botijão.
O ajuste, de acordo com a empresa, está intrinsecamente ligado aos custos do petróleo, adquirido a preços internacionais, à cotação do dólar e aos custos de frete.
Vale ressaltar que o valor do gás de cozinha não segue uma tabela fixa, permitindo variações de preço em diferentes localidades.
Diesel: anúncio do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, assegurou que a reoneração, que representa o retorno da cobrança de impostos, não acarretará em um aumento substancial no valor do diesel.
Segundo ele, a recente redução de preços anunciada pela Petrobras atuará como um amortecedor, mitigando os impactos para o consumidor.
Haddad explicou que a reoneração do diesel será implementada, mas o impacto previsto é de pouco mais de R$ 0,30. Dessa forma, o governo busca equilibrar a necessidade de ajustar a carga tributária sem impor ônus excessivos aos consumidores.
Em ambos os casos, é fundamental compreender que a dinâmica de preços desses produtos está intrinsecamente ligada a fatores globais e nacionais.
Dentre eles incluso a variação do preço do petróleo, oscilações cambiais e outros elementos que impactam diretamente os custos de produção e distribuição.
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Análise detalhada dos encargos tributários no diesel e gás
Segundo informações da revista Carta Capital, a reoneração trará uma mudança significativa na tributação do diesel, biodiesel e gás de cozinha. Os novos valores de impostos a serem aplicados são os seguintes:
- Diesel A: Em virtude da reoneração, está prevista uma taxa de aproximadamente R$ 0,35 por litro sobre o diesel A;
- Biodiesel: No caso do biodiesel, a tributação será de aproximadamente R$ 0,15 por litro, representando uma alteração significativa na carga tributária;
- Diesel B (Mistura do Diesel A e Biodiesel): A reoneração também impactará a mistura de diesel A e biodiesel, conhecida como diesel B, com uma taxa prevista de aproximadamente R$ 0,33 por litro.
Gás de Cozinha: Os consumidores de gás de cozinha sentirão um impacto considerável. Afinal, a reoneração estabelece uma taxa de aproximadamente R$ 2,18 por botijão de 13 kg.
Em resumo, essas mudanças anunciadas nos valores dos impostos têm potencial para influenciar diretamente o custo final desses produtos para os consumidores. Portanto, é um assunto que demanda uma atenção especial por parte da sociedade e setores envolvidos.