Até 7 milhões de beneficiários podem perder o Bolsa Família após revisão do Governo - Notícias Concursos

Até 7 milhões de beneficiários podem perder o Bolsa Família após revisão do Governo

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social realizará uma nova revisão no Bolsa Família. No ano passado, o programa afetou 1,7 milhões de famílias com exclusões, e agora, mais famílias podem ser impactadas.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou que em 2023, removeu 1,7 milhões de famílias unipessoais do Bolsa Família. Agora, devido à revisão anunciada pelo Governo, espera-se que mais famílias, não exclusivamente unipessoais, possam perder o benefício.

Revisão do Bolsa Família

Essa revisão é uma prática recorrente desde o relançamento do programa pelo Governo Lula no ano anterior. Desde assumir a presidência, o governo tem atualizado, relançado e revisado diversos programas.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, responsável pelos pagamentos, confirmou a realização da revisão. Espera-se que ao longo de 2024, o governo revise os dados de aproximadamente 7 milhões de famílias. O governo justifica essas revisões como uma medida para evitar pagamentos irregulares.

Além do Bolsa Família, o governo planeja revisões em outros programas, incluindo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a Tarifa Social de Energia Elétrica e o Cadastro Único (CadÚnico).

Motivos

Dentre as razões para as revisões, destacam-se cadastros desatualizados, com a última atualização ocorrendo entre 2019 e 2021, inconsistências na renda declarada ou na composição familiar, e divergências de renda declarada no Cadastro Único, entre outras questões.

A última exclusão em larga escala ocorreu em 2023, quando 1,7 milhões de famílias unipessoais perderam o benefício. O Ministério do Desenvolvimento Social constatou que o número de famílias unipessoais no programa era maior do que o registrado pelo Censo, aumentando de 1,84 milhão para 5,88 milhões no período de 2018 a 2022. Essa constatação motivou a ação de exclusão.

Revisão de cadastro tira 1,7 milhão de famílias unipessoais

Uma revisão no Cadastro Único (CadÚnico), a base de dados utilizada pelo governo federal para o pagamento de benefícios sociais, resultou na exclusão de 1,7 milhão de famílias unipessoais – aquelas compostas por apenas uma pessoa – da lista de beneficiários do Bolsa Família em um período de um ano.

Esse grupo incluía pessoas que estavam recebendo o benefício de maneira irregular ou que faziam parte de famílias maiores, mas estavam registradas individualmente no cadastro, considerado uma distorção pelo governo. Sob a nova administração de Luiz Inácio Lula da Silva, o benefício, que tinha mudado de nome para Auxílio Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro, voltou a ser chamado de Bolsa Família.

A quantidade de famílias unipessoais beneficiadas pelo programa aumentou significativamente, passando de 2,2 milhões no final de 2021 para 5,8 milhões no final de 2022. Além disso, a instituição de um valor mínimo de R$ 600 para o Auxílio Brasil, independente do tamanho da família, impulsionou esse aumento.

Ao término do primeiro ano do governo Lula, em dezembro de 2023, o total de famílias unipessoais beneficiadas era de 4,1 milhões. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Contudo, o programa identificou mais de 17 milhões de cadastros desatualizados ou inconsistentes durante o processo de atualização cadastral. Segundo o novo protocolo, os beneficiários devem assinar um termo de responsabilidade e fornecer cópias digitalizadas de documentos. Além disso, agentes das prefeituras realizam visitas às residências para confirmar a condição de moradia individual.

Portanto, em agosto, o governo federal estabeleceu um limite de 16% para famílias unipessoais na folha de pagamento do Bolsa Família.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?