As Lojas Americanas está devendo a vários bancos. Confira a lista!
Organização possui um rombo fiscal bilionário
O mercado levou o susto com o anúncio das Lojas Americanas de que possuem um rombo fiscal de cerca de R$20 bilhões. Os seus problemas não param por aí. Aliás, além dessa dívida bilionária, seu diretor executivo (CEO) e o diretor de relações com investidores, abdicaram de seus cargos dentro da organização.
Essas duas peças importantes para a empresa, com posições estratégicas, assumiram seus cargos há muito pouco tempo. Vale ressaltar que as Lojas Americanas, dois dias depois de anunciar suas dívidas, pediu uma proteção de 30 dias, em contraposição a antecipação do vencimento destes compromissos.
A princípio, a organização varejista deve utilizar este tempo estabelecido, para ir em busca de uma negociação positiva com seus credores. Ademais, a empresa entregou uma listagem das instituições no qual tem dívidas e que estão no processo de recuperação judicial. São cerca de 7,9 mil nomes ao todo.
Todavia, a grande maioria dos credores das Lojas Americanas são instituições financeiras, ou seja, bancos. No total, são 12 entidades. Neste caso, as dívidas da empresa chegam a R$26,4 bilhões. É a metade do valor total de seus compromissos, que são de cerca de R$41 bilhões.
Dívidas das Lojas Americanas
Analogamente, a companhia varejista já divulgou sua lista de credores, seus nomes e o quanto deve a cada um. No entanto, estima-se que a listagem não deve ser definitiva, ela deve ser um pouco maior, com a inclusão de novas organizações, visto que as informações e dados da empresa ainda estão sendo apresentados.
Alguns acionistas das Lojas Americanas, como Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles têm se manifestado sobre a situação da empresa. Eles afirmam que não sabiam do rombo fiscal relacionado à companhia, e indicaram que não houve qualquer manobra contábil.
Analogamente, os três também apontaram que não houve nenhuma denúncia a respeito das irregularidades, nem pelas instituições financeiras, nem pela própria empresa. No entanto, o Bradesco foi contra as exposições dos acionistas e suas alegações, a respeito de conceder aos bancos quaisquer responsabilidades.
O banco ainda afirmou que a governança contábil das Lojas Americanas é de responsabilidade da própria empresa em questão e seus administradores. Desse modo, para eles, os acionistas têm buscado a construção de uma explicação para o rombo bilionário e culpar as instituições financeiras pelo ocorrido.
Lista de credores das Lojas Americanas
Segue abaixo a lista dos maiores credores das Lojas Americanas:
- Deutsche Bank – R$ 5,2 bilhões;
- Bradesco – R$ 4,8 bilhões;
- Santander – R$ 3,6 bilhões;
- BTG Pactual – R$ 3,5 bilhões;
- BV – R$ 3,3 bilhões;
- Itaú – R$ 2,9 bilhões;
- Banco do Brasil – R$ 1,3 bilhão;
- Daycoval – R$ 509 milhões;
- Caixa Econômica Federal – R$ 501 milhões;
- Banco ABC Brasil – R$ 415,6 milhões;
- BNDES – R$ 276 milhões;
- Banco da Amazônia – R$ 103 milhões.
E-mail dos diretores da empresa
Todavia, o Bradesco moveu uma ação contra as Lojas Americanas, no qual o Tribunal de Justiça de São Paulo deu razão à instituição financeira. O banco diz ser credor de cerca de R$4,7 bilhões a varejista. Ele solicitou uma produção antecipada de provas, contra a organização, antes de cobrar suas dívidas.
De acordo com o Bradesco, é preciso identificar os indivíduos que colaboraram para a fraude envolvendo as Lojas Americanas. Dessa maneira, o Tribunal de Justiça liberou o acesso a e-mails dos diretores da companhia. São membros importantes da empresa, que deverão ter suas mensagens analisadas.
Analogamente, terão seus e-mails coletados os diretores das Lojas Americanas, atuais e que ocuparam o cargo nos últimos dez anos. Além destes, os membros do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria da empresa, atuais e antigos, que trabalhavam na varejista há pelo menos dez anos atrás.
Os funcionários que trabalham no setor de contabilidade e de finanças da organização atuais e de dez anos atrás, das Lojas Americanas, também deverão ter seus e-mails analisados. Em síntese, a investigação está em busca de quaisquer fraudes envolvendo o nome da empresa, a fim de conhecer informações relacionadas e possíveis crimes financeiros.
Conclusão
Para realizar uma perícia nos e-mails selecionados foram contratada as consultorias Ernst & Young Assessoria Empresarial e a autoridade em investigação corporativas Patrícia Punder. Em conclusão, eles deverão realizar uma uma análise detalhada nas mensagens para que sejam desconsideradas quaisquer indícios de fraudes ou falsificações.