Na última terça-feira, 04, o governador Jerônimo Rodrigues, do Partido dos Trabalhadores (PT), fez um anúncio importante para a indústria automotiva da Bahia. Na ocasião, foi confirmado que os carros elétricos fabricados no estado, com um valor de até R$ 300 mil, terão isenção do IPVA – Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores.
Essa iniciativa busca principalmente impulsionar a transição para uma matriz energética mais sustentável. Mas, vale ressaltar que, além dos benefícios ambientais, a isenção do IPVA para esses modelos, também pode ter impactos econômicos positivos.
Dessa forma, ao incentivar a produção e a compra de veículos elétricos, a indústria local poderá se expandir, gerando empregos e impulsionando o crescimento econômico na região.
É importante entender que essa aprovação é especialmente relevante levando em conta a Reforma Tributária que está em andamento. Dentre as modificações propostas pelo texto-base estão revisões na cobrança desse imposto em específico.
Inclusive, um dos ajustes que está sendo discutido é justamente sobre uma taxa proporcional ao impacto ambiental de cada modelo de veículo.
Enfim, quer entender melhor sobre esse anuncio, bem como, sobre questões relacionadas a cobrança do IPVA? Nos acompanhe nessa leitura.
Entenda melhor sobre a isenção do IPVA para carros elétricos na Bahia
“Estamos aqui garantindo que os elétricos produzidos na Bahia, que circularão na Bahia, com valores de até R$ 300 mil, serão isentos do pagamento do IPVA” Declarou o governador Jerônimo Rodrigues.
Antes de tudo, vale mencionar que, o anúncio sobre a isenção do IPVA na Bahia para carros dessa categoria, bem como, na faixa de preço estabelecida, foi realizada durante o evento de anúncio da implantação de três fábricas da líder mundial na produção de carros elétricos a montadora chinesa Build Your Dreams (BYD).
As fábricas serão implantadas na cidade de Camaçari, situada na Região Metropolitana de Salvador.
Todavia, é importante ressaltar que, a nova regulamentação será aplicável a todos os tipos de veículos elétricos em circulação no estado, independentemente do fabricante ou marca, abrangendo não apenas os veículos da montadora BYD.
Incentivo através da isenção do IPVA e benefícios para o estado
Segundo o governo da Bahia, a BYD tem planos de gerar mais de cinco mil empregos diretos no estado.
A organização tem o compromisso de investir uma quantia de R$ 3 bilhões na construção de três fábricas, com a previsão de iniciar a produção no segundo semestre de 2024. Cada unidade terá um foco específico na produção na Bahia.
A primeira será exclusivamente destinada à fabricação de caminhões elétricos e chassis para ônibus, com o objetivo de atender às demandas das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
A segunda fábrica será especializada na produção de automóveis híbridos e elétricos, com uma capacidade inicial de 150 mil unidades por ano. Todavia, existe a possibilidade de expansão futura para atingir a produção de 300 mil unidades anualmente.
Por fim, a terceira fábrica terá como foco o processamento de insumos, como lítio e ferro fosfato. Estes serão destinados para o mercado internacional através do porto da Região Metropolitana de Salvador.
Essa iniciativa de investimento, juntamente com o incentivo da isenção do IPVA para esses modelos específicos, representa uma significativa oportunidade de crescimento econômico e desenvolvimento regional.
Afinal, a presença da empresa contribuirá para o desenvolvimento da cadeia produtiva local, estimulando o surgimento de fornecedores e parceiros comerciais, o que poderá impulsionar o setor industrial.
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A Reforma tributária em relação a cobrança do IPVA
Como mencionamos, estão sendo propostas mudanças significativas no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Por exemplo, a criação de um imposto progressivo, que vai levar em conta o impacto ambiental de cada modelo. Essa medida está em concordância com os mesmos objetivos da isenção do IPVA anunciado na Bahia. Isto é, o incentivo a transição para esse tipo de carro.
Além disso, outras pautas envolvem a cobrança do imposto sobre bens que até então não são taxados. Como por exemplo, iates e lanchas.
E ainda está sendo discutido a progressividade do valor cobrado em relação ao custo do veículo. Isso significa que carros mais caros terão que pagar taxas maiores.