Logo após a aprovação do presidente Jair Bolsonaro em retirar a bandeira tarifária de escassez hídrica nas contas de energia elétrica dos brasileiros, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou um aumento nas faturas de luz dos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe.
De acordo com o Governo Federal, o fim da cobrança extra reduziria até 20% do valor das contas de energia. No entanto, a realidade será diferente em alguns estados do país. O reajuste mais alto foi do Cerará, com 24,85% para a Enel Distribuição.
Em seguida, aparece a Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia), com um reajuste de 21,13%. Posteriormente, vem a Neoenergia Cosern (Companhia Energética do Rio Grande do Norte), com uma correção equivalente a 19,87% para o consumidor residencial.
Para fechar o ciclo, o reajuste tarifário anual da ESE (Energisa Sergipe – Distribuidora de Energia), que atende cerca de e 825 mil unidades consumidoras no Sergipe, também foi aprovado, com uma correção de 16,46% para o consumidor.
Cabe salientar que esses novos reajustes começam a valer a partir desta sexta-feira (22).
Bandeira Escassez Hídrica
Em 2021, foi criada a bandeira de escassez hídrica. Essa ferramenta, que possibilita um acréscimo de nada menos que R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, estava vigente desde o mês de setembro.
De acordo com o que foi informado pelo Governo Federal, a medida é necessária para que compense os custos da geração de energia. Isso porque o país ficou com um grande período de seca em 2021, apontado como o pior em 91 anos.
No entanto, desde o fim de 2021 que a situação foi contornada. Acontece que um grande volume de chuvas vem sendo registrado desde o fim do ano passado, o que possibilitou uma boa situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Em duas regiões importantes do país, o Sudeste e no Centro-Oeste, o período de chuvas está no melhor nível desde 2012.
Todavia, mesmo com o avanço das fontes de energias alternativas, como, por exemplo, a eólica e solar, as hidrelétricas ainda são responsáveis por grande parte da geração energia do país, com cerca de 65% do total produzido no Brasil.