Após pressão, presidente da Petrobras pede demissão; Fernando Borges assume interinamente
O anúncio ocorre a cerca de 40 dias após o executivo assumir oficialmente a estatal.
Nesta segunda-feira (20), a Petrobras confirmou que José Mauro Coelho pediu demissão da presidência e, também, do Conselho de Administração da empresa. O anúncio ocorre a cerca de 40 dias após o executivo assumir oficialmente a estatal.
Recentemente, Coelho começou a sofrer pressão do próprio governo por conta dos constantes reajustes nos preços de combustíveis.
“A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora”, disse a companhia na ocasião.
Logo após o anúncio, a estatal confirmou que Fernando Assumpção Borges assumirá o cargo de presidente interino da estatal, substituindo José Mauro.
O novo presidente interno é diretor-executivo de Exploração e Produção da estatal desde abril de 2021 e trabalha na Petrobras há 38 anos. Ele vai ficar no cargo até a eleição e posse do novo presidente da empresa, Caio Mario Paes de Andrade.
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José Mauro Coelho ficou pouco tempo no cargo
José Mauro Coelho foi o terceiro executivo a comandar a Petrobras durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro. Ele ficou no cargo pouco mais de dois meses, se tornando o segundo menor período de gestão da empresa desde o fim da ditadura militar.
A saída do executivo, todavia, já havia sido especulada desde o fim de maio. Acontece que o Ministério de Minas e Energia anunciou que seria realizada a terceira troca no comando da empresa. Na ocasião, a pasta alegou que “diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos”.
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Petrobras tem histórico de demissões
A princípio, para quem não se lembra, José Mauro Ferreira Coelho foi o terceiro presidente da Petrobras no governo Bolsonaro.
O primeiro a assumir o comando da Petrobras no governo do presidente Jair Bolsonaro foi o economista Roberto Castello Branco. Ele foi indicado para o posto logo após as eleições do ano de 2018.
Em abril de 2021, mais uma mudança. Castello Branco deixou a estatal e assumiu o general Joaquim Silva e Luna. O militar tomou posse do cargo em abril de 2021 e permaneceu no posto até março de 2022. Foram 343 dias no cargo.
Após a saída de Silva e Luna, o governo chegou a indicar os nomes do economista Adriano Pires e do empresário Rodolfo Landim para assumir o comando da estatal. Todavia, ambos informaram que não assumiram os cargos.
Em abril, José Mauro Coelho foi indicado para assumir o comando da Petrobras. O executivo assumiu no dia 14 de maio, ficando no cargo até 20 de junho.
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