Apenas 15% das empresas pretendem contratar no terceiro trimestre
O objetivo do Governo Federal sempre foi claro: investir pesado na geração de emprego para que a população não dependa tanto dos projetos sociais. Essa, aliás, foi a promessa de Paulo Guedes ainda no final do ano passado. No entanto, isso não aconteceu. É o que dizem as pesquisas.
E se depender de uma projeção da multinacional de recrutamento ManPowerGroup, isso ainda vai demorar para acontecer. É que de acordo com uma pesquisa que eles realizaram no Brasil, apenas cerca de 15% das empresas brasileiras estão planejando fazer novos contratos no próximo trimestre.
Isso compreende portanto os meses de julho, agosto e setembro. A maioria das empresas do Brasil ainda não está se sentindo em um ambiente seguro para aumentar o tamanho da folha de pagamento. Tudo isso por causa da incerteza em relação ao período pandêmico.
Aliás, a mesma pesquisa mostrou também que cerca de 8% das empresas brasileiras pretendem fazer o contrário. Elas devem aplicar demissões nos próximos meses. A taxa é menor do que aquelas que pretendem contratar. De acordo com a multinacional isso é uma boa notícia.
A pesquisa em questão contou com entrevistas com cerca de 750 empresários brasileiros. Eles fizeram esse mesmo levantamento em vários outros países. O Brasil ficou na 28ª posição entre as nações mais otimistas quando o assunto é recuperação do emprego. Quem lidera essa lista são os Estados Unidos.
Olho no Auxílio Emergencial
Esses números dessa pesquisa são mais uma prova de que o Governo Federal vai ter que tomar muito cuidado com o que vai fazer com o Auxílio Emergencial. É que com as empresas contratando menos, dá para imaginar que muita gente vai seguir precisando da ajuda da União para comprar itens básicos de sobrevivência.
De acordo com informações da imprensa nacional, o Palácio do Planalto bateu o martelo e decidiu prorrogar o Auxílio por mais dois meses. Essa ainda não é uma informação oficial. No entanto, se o Governo confirmar isso, então o programa vai durar até o próximo mês de setembro.
Em entrevista recente, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a prorrogação do Auxílio Emergencial vai depender do comportamento da pandemia no Brasil. De acordo com ele, se a situação piorar o Governo vai ter que pagar o programa por mais alguns meses.
Além das empresas
Outra saída para esse problema seria o novo Bolsa Família. O programa que está sendo produzido pelo Ministério da Cidadania ficaria ainda maior. Pelo menos essa é a promessa do Governo. De acordo com o Planalto, os valores aumentariam.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Bolsa Família paga um valor médio de R$ 190. A partir da nova versão do projeto, esse valor médio passaria a ser de R$ 300. Pelo menos é isso o que o Presidente Jair Bolsonaro deseja. Nada disso, no entanto, é oficial ainda.
Nesta terça-feira (8), o Ministro Paulo Guedes disse que o mais provável é que o Governo Federal prorrogue o Auxílio Emergencial por mais dois ou três meses. O chefe do Ministério, no entanto, evitou falar de valores neste momento. Ele não quis se comprometer com essa informação ainda.