O navio Polar Almirante Maximiano (H41) partiu na quinta-feira (02) do Terminal Arturo Prat em Punta Arenas, cidade no extremo da América do Sul, em direção à Antártica, de acordo com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Antártica: MCTI investe em pesquisas de impacto global e avanço da ciência
Esse foi o último ponto antes da travessia do estreito de Drake. A previsão é de que em quatro dias o grupo chegue à Baía do Almirantado, onde está localizada a Estação Antártica Comandante Ferraz, de acordo com a divulgação oficial.
Além deste, o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel (H44), ambos da Marinha do Brasil, prestam apoio logístico à 41ª Operação Antártica, que se estenderá até abril de 2023.
As duas embarcações partiram do Rio de Janeiro (RJ) em 09 de outubro. Foram três dias navegando pela costa brasileira até Rio Grande (RS) e mais 15 dias até o Chile, onde atracou na segunda-feira (31/10), de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Ciência
No total, cerca de 130 pesquisadores brasileiros terão desenvolvido atividades científicas de campo. Nesta primeira fase, estão a bordo 37 pesquisadores brasileiros e seis estrangeiros, além de cerca de 30 profissionais da equipe de apoio.
Estão previstas pelo menos três fases da Operação e revezamento dos pesquisadores. O Programa Antártico Brasileiro (Proantar) é o mais longevo programa de pesquisa brasileiro. São quatro décadas ininterruptas de desenvolvimento de pesquisa, celebrados em 2022.
Mediantar
De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), pelo menos seis programas de pesquisas aprovados em chamada pública de 2018, dentre estes, está o projeto Mediantar – Medicina, Fisiologia e Antropologia Antártica, que estuda impactos biológicos, neurobiológicos e sociais no corpo humano dos profissionais que participam das expedições.
Laboratórios
Conforme destaca o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), na Antártica, as pesquisas de campo dos cientistas brasileiros podem ser realizadas em três áreas: nos laboratórios da estação, dos navios polares e nos acampamentos e nos navios polares.
Os pesquisadores brasileiros terão à disposição os 14 laboratórios internos da Estação que foram concebidos e implementados pelo Programa Ciência Antártica, coordenado e financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF).
Conapa
O planejamento da infraestrutura científica foi realizado em conjunto com os representantes da comunidade científica e dentro das diretrizes estabelecidas pelo Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa).
Também foram implementados laboratórios específicos, como química, o qual atende aos pesquisadores tanto da área de química terrestre quanto da oceanografia; biologia micromolecular para extrair DNA de qualquer organismo; microbiologia que atende os pesquisadores que trabalham com microorganismos, como fungos, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).