Por oito semanas consecutivas, o preço da gasolina vem apresentando queda nos postos de combustível em todo o Brasil.
Essa tendência foi confirmada pelos dados recentes divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última sexta-feira (20).
De acordo com os últimos dados divulgados pela ANP, o preço médio do litro da gasolina apresentou uma ligeira queda de 0,34%, sendo comercializado a R$ 5,74. Anteriormente, o preço da gasolina estava em R$ 5,76.
Entretanto, em algumas regiões do país, os consumidores ainda enfrentam valores mais elevados: o preço máximo registrado nos postos chegou a R$ 7,59. Esse cenário reflete as oscilações do mercado de combustíveis, que impactam diretamente no bolso dos brasileiros.
O etanol, manteve-se estável na última avaliação, com um preço médio de venda a R$ 3,61 por litro. Segundo informações da ANP, o valor mais elevado registrado durante o período chegou a R$ 6,60.
Por outro lado, o diesel, teve uma ligeira queda de 0,17% no seu valor. Na semana passada, o litro estava sendo comercializado em média a R$ 6,05. Já na avaliação recente, essa média caiu para R$ 6,04.
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Mudanças no preço da gasolina pela Petrobras
Na última quinta-feira (19), a Petrobras divulgou alterações no preço da gasolina de venda para as distribuidoras. A partir do sábado (21), a gasolina passará por uma diminuição de R$ 0,12 em seu valor por litro, sendo comercializada a R$ 2,81.
Por sua vez, o diesel terá um acréscimo de R$ 0,25, com seu novo preço estipulado em R$ 4,05 por litro. Essas alterações fazem parte da política de preços da empresa, que acompanha as variações do mercado internacional e outros fatores internos.
Dessa forma, é importante salientar que os preços finais ao consumidor dependem de outras variáveis, como impostos, margens de distribuição e revenda, entre outros.
De acordo com informações divulgadas pela petroleira, tanto o preço da gasolina de venda quanto do diesel registra uma tendência de queda ao longo deste ano.
A respeito da gasolina, a redução acumulada é de R$ 0,27 por litro, enquanto o diesel apresenta uma diminuição de R$ 0,44 por litro.
O presidente da companhia, Jean Paul Prates, destacou o sucesso da estratégia comercial implementada durante sua gestão.
Segundo ele, a estratégia tem se mostrado em tornar a Petrobras mais competitiva no mercado. Além disso, evita que a volatilidade dos preços do petróleo seja diretamente repassada para o consumidor.
Isso representa um esforço da empresa em equilibrar seus interesses comerciais com a preocupação pela estabilidade do preço da gasolina para os consumidores.
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Alterações na Estratégia de Precificação da Petroleira
Em maio deste ano, a petroleira fez um anúncio significativo sobre a revisão de sua estratégia de precificação. Portanto, a empresa decidiu afastar-se da antiga política de paridade internacional (PPI).
A política adotada anteriormente, alinhava o preço da gasolina e dos outros combustíveis às oscilações cambiais do dólar. Ademais, levava em conta as variações das cotações do petróleo no mercado global.
Essa mudança na política de preços da empresa foi recebida com grande atenção e discussão. Assim, causaria um impacto direto nas preocupações dos consumidores e no mercado de combustíveis como um todo.
A decisão de não mais seguir a PPI indicou uma abordagem mais autônoma da estatal em relação ao preço da gasolina e de outros combustíveis.
Dessa maneira, empresa esclareceu que os preços que ela estabelece para as distribuidoras são cuidadosamente posicionados em uma faixa que abrange dois pontos-chave:
- No extremo superior, está o valor máximo que um comprador está disposto a pagar antes de considerar a busca por outro fornecedor;
- No extremo inferior, encontra-se o valor mínimo que a Petrobras pode estabelecer para garantir seus lucros na comercialização do produto.
A Petrobras é responsável pela produção da maioria da gasolina e do diesel consumidos em território brasileiro. Contudo, o Brasil ainda tem uma parcela de sua demanda atendida por importações.
Então o preço da gasolina é influenciado também pelos preços de importação que são determinados com base nas oscilações e cotações do mercado internacional.
Todavia, é importante destacar que os preços estabelecidos pela petroleira não correspondem diretamente aos valores observados nos postos de combustíveis.
Os, valores finais ao consumidor incorporam os impostos estaduais e federais, bem como as margens de lucro das distribuidoras e das revendedoras.
Adicionalmente, outros fatores, como custos logísticos e variações regionais, podem influenciar o preço da gasolina final ao consumidor.