Erros de cunhagem são falhas que ocorrem durante o processo de produção das moedas. No universo da numismática – prática de colecionar esses objetos – tais erros, que escapam aos rígidos controles de qualidade das casas da moeda, podem variar de leves imperfeições a anomalias significativas que transformam moedas comuns em itens extremamente valiosos.
Entre os erros de cunhagem mais comuns estão a batida dupla, cunho quebrado e reversos invertido, além da descentralização de disco. Esse último, aliás, é justamente a anomalia responsável por aumentar o valor da moeda que você está prestes a conhecer.
A descentralização de disco
A descentralização de disco, também conhecida como “boné”, ocorre quando o disco da moeda não é corretamente centrado no momento da cunhagem. Sendo assim, o resultado final é uma imagem deslocada, onde partes do design aparecem cortadas ou fora do alinhamento padrão.
Esse tipo de erro pode ser bastante fácil de identificar, tornando-se um destaque imediato em qualquer coleção. Moedas com esse erro são muito procuradas por colecionadores, não só pela sua raridade, mas também pela estética única que conferem à peça.
Moeda de 5 centavos de 1969 com descentralização de disco
Um exemplo desse tipo de erro encontramos nessa moeda de 5 centavos de 1969. Uma unidade dessas, que normalmente teria um valor modesto, pode alcançar preços significativamente mais altos devido à peculiaridade de seu erro. Atualmente, um exemplar está à venda por R$ 150 no site TN Moedas.
Características da moeda de 5 centavos de 1969
A moeda de 5 centavos de 1969 faz parte da série de moedas do cruzeiro novo, um período de transição monetária no Brasil. Quando a descentralização de disco está presente, a moeda ganha um caráter único. No caso desta moeda específica, você nota o impacto da falha na imagem a seguir:
O valor dos erros de cunhagem
Os erros de cunhagem, como a descentralização de disco, aumentam o valor de uma moeda por várias razões:
- Grau de raridade: Erros de cunhagem são raros, especialmente aqueles que são mais grosseiros e chamativos. Isso quer dizer, em outras palavras, que é bem mais difícil achar moedas com tais falhas do que moedas dentro do padrão.
- Singularidade: Erros como a descentralização de disco são facilmente visíveis e podem transformar uma moeda comum em uma peça visualmente interessante. A singularidade, aliás, é algo que os colecionadores valorizam profundamente.
- História: Os erros de cunhagem são curiosos para os numismatas. Isso porque contam uma história sobre o processo de fabricação das moedas e falhas que podem ocorrer no meio dele.
A questão do estado de conservação das moedas
Para saber o valor final de uma moeda, deve-se, em primeiro lugar, considerar o seu estado de conservação. Isso porque esse é um fator crucial na determinação de preços. A condição em que a moeda é mantida pode impactar significativamente seu preço no mercado numismático. Moedas em melhor estado de conservação, com detalhes bem preservados e mínimo desgaste, sempre serão mais valorizadas. As categorias de conservação incluem:
- Flor de Cunho (FC): Moeda perfeita, que segue com todos os detalhes originais preservados. É uma moeda muito valiosa e cobiçada.
- Soberba (S): Moeda com mínimos sinais de uso, que segue com a maioria dos detalhes intactos. É até difícil identificar as possíveis imperfeições a olho nu, de tão leves que são.
- Muito Bem Conservada (MBC): Moeda com algum desgaste, mas ainda com detalhes bem preservados (ao menos 70% dos detalhes estão mantidos).
- Bem Conservada (BC): Moeda com desgaste significativo, onde muitos detalhes são visivelmente afetados. Cerca de 50% dos detalhes, aliás, estão conservados.
- Regular (R): Moeda com muito desgaste, sem a maior parte dos seus detalhes de cunho originais. Dessa forma, já não vale muito.
- Um Tanto Gasta (UTG): Moeda com danos acentuados e extremos, que, aliás, deixa de ter qualquer valor colecionável.