O estado do Amazonas registrou 5.009 novos casos de Covid-19 nesta quarta (20), ficando atrás apenas de São Paulo, com 14.441 casos, e Minas Gerais, com 7.429 novos casos, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Já o quarto e quinto lugar no ranking de estados com maior número de novas infecções ficou com Bahia e Rio de Janeiro, com 4.991 e 4.015 novos casos confirmados respectivamente.
A alta no número de casos de Covid-19 desta quarta representa um recorde no Amazonas, que vive seus piores dias desde o começo da pandemia em março de 2020 e viu o sistema de saúde entrar em colapso devido ao número de infecções e à escassez de oxigênio, insumo essencial para tratar Covid-19 grave.
Hoje, existem pelo menos 2.544 pacientes internados com Covid-19 no estado, enquanto outros 517 aguardam um leito. Em Manaus, capital amazonense, a ocupação das UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) é de 94,3% e a de leitos clínicos está em 98,2%.
A aceleração da transmissão do coronavírus no estado fica mais evidente quando o número de novos casos desta quarta é comparado com os dias anteriores. Na terça (19), o estado registrou 1.537 novas infecções, ficando em 14° lugar no ranking de novos casos no Brasil, enquanto na segunda (18) o Amazonas ocupou o 5° lugar, com 1.790 casos.
Segundo médicos, a alta taxa de transmissão do coronavírus no Amazonas atualmente pode estar relacionada com a nova variante do vírus encontrada no estado. A nova cepa, inclusive, pode ser mais grave e letal entre jovens. No entanto, ainda são necessários estudos para confirmar a suspeita de alguns médicos.
Falta oxigênio no Amazonas
Além de registrar forte alta no número de novos casos confirmados e de óbitos por Covid-19, o Amazonas enfrenta escassez de oxigênio, o que levou à transferência de pacientes a outros estados brasileiros.
Devido à alta de internações por covid-19, o consumo diário de oxigênio no Amazonas hoje gira em torno de 75 mil m³, enquanto a capacidade de fabricação das empresas locais é de 28.200 m³ por dia.
Em solidariedade com o Amazonas, o governo da Venezuela enviou ao estado seis caminhões cisterna com 136 mil litros que equivalem a 14 mil cilindro, totalizando mais de 100 mil m³ de oxigênio. Outros estados brasileiros, além de artistas e do governo federal, também ajudam a suprir a crescente demanda pelo insumo essencial para tratar casos de Covid-19 grave.