Em 2022 é esperado um crescimento de vendas no setor de alimentos. Entretanto, de acordo com Joao Dornelas, presidente executivo da Abia (Associação brasileira da indústria de alimentos), o aumento no custo da produção é um obstáculo.
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Para piorar a situação, a invasão da Ucrânia pela Rússia pode aumentar ainda mais o preço dos alimentos.
Dornellas disse que insumos tais como sementes, grãos, energia e combustíveis estão demorando mais do que o esperado para parar de subir. Ainda que grande parte dos custos de produção tenham sido absorvidos pela indústria, o presidente da Abia afirmou que a indústria não tem capacidade de absorver 100% dos custos, e uma parte acaba se desdobrando no preço final dos alimentos.
Guerra entre Rússia e Ucrânia pode levar à alta dos alimentos
Isso porque conflitos como estes podem trazer muitas incertezas, elevando assim o preço das chamadas commodities e do petróleo.
De acordo com Dornellas, o conflito na Ucrânia pode trazer consequências globais, afetando os países que mantém relações comerciais com Rússia, Ucrânia, países da União Européia e Estado Unidos. Principalmente porque a Rússia é um dos principais fornecedores de petróleo, gás e derivados em todo o mundo. Ou seja, a diminuição na distribuição desses produtos como, por exemplo, embalagens plásticas, afeta diretamente nos custos de produção e preço dos alimentos. Isso sem falar no preço dos combustíveis, afetando o transporte dos alimentos.
Apesar desse cenário, é esperada uma expansão do setor em 2022, assim como já aconteceu em 2021, principalmente pelas exportações. Contudo, para Dornellas, a conjuntura pode favorecer o crescimento do setor doméstico. Com a diminuição do risco de circulação o setor de food service como bares e restaurantes, por exemplo, voltou a funcionar. Isso fortaleceu o setor, impulsionando o crescimento econômico interno.
Desta forma, a vida do brasileiro poderá ficar ainda mais difícil. A alta da inflação e a diminuição da renda já são outros problemas enfrentados e a guerra pode maximizar outros impasses.
Uma solução para amenizar é o Auxílio Brasil, porém, a formação da lista de espera ainda é um problema para as famílias que aguardam receber e nem sabem quando de fato serão incluídas no calendário do benefício social.