Alerta: lista de estados que podem registrar temporais nesta quinta, 4

Alerta: lista de estados que podem registrar temporais nesta quinta, 4

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para temporais intensos em 18 estados do país

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o chamado alerta laranja de possíveis tempestades intensas para 18 estados nesta quinta-feira (4). Segundo as projeções do órgão, as regiões do Centro-Oeste, do Nordeste e do Sudeste deverão ser as mais afetadas por este sistema.

De todo modo, a previsão é para que a maior parte do país tenha um dia nublado nesta quinta-feira (4). No Rio de Janeiro e em São Paulo, por exemplo, as precipitações não devem ser muito fortes, mas ainda assim, estes estados devem registrar um dia de pancadas de chuva.

A lista de estados

Abaixo, você pode conferir a lista completa de estados que estão em situação de alerta neste momento:

  • Rio de Janeiro;
  • Distrito Federal;
  • Minas Gerais;
  • Goiás;
  • Mato Grosso;
  • Paraná (área metropolitana de Curitiba);
  • Santa Catarina (norte);
  • São Paulo (litoral sul);
  • Rio Grande do Sul (litoral);
  • Maranhão (litoral);
  • Piauí (interior);
  • Bahia (interior);
  • Rondônia (maior parte);
  • Tocantins (maior parte);
  • Pará (áreas ao sul);
  • Amazonas (áreas ao sul);
  • Roraima;
  • Acre.
Alerta: lista de estados que podem registrar temporais nesta quinta,3
Previsão foi atualizada na manhã desta quinta, 4. Imagem: Inmet

Além dos temporais

Não é de hoje que eventos climáticos estão impactando a vida de milhões de brasileiros. Nem todo mundo sabe, mas um fenômeno causado no Oceano Pacífico pode fazer com que a sua conta de energia se torne mais cara aqui no Brasil. Estamos falando do El Niño. Trata-se do movimento natural causado pelo aquecimento acima do normal do oceano pacífico equatorial, mais precisamente entre o Peru e a Indonésia.

Mas como um movimento previsto para ocorrer a milhares de quilômetros da sua casa pode fazer com que a sua conta de energia se torne mais cara? Para responder esta pergunta, é necessário entender primeiro o que é o El Niño e como este fenômeno natural impacta no clima do Brasil.

Segundo as informações de analistas, o El Niño causa uma grande alteração na circulação dos ventos na atmosfera. Este efeito vai causar um impacto na distribuição da umidade, fazendo com que haja também um impacto na distribuição das chuvas e no padrão da temperatura de diferentes regiões.

Parte destes efeitos já estão sendo sentidos neste atual verão. Com a má distribuição da umidade, é natural imaginar que atualmente há mais calor demais em alguns estados, e chuva demais em outros. A tendência, aliás, é de que o movimento tenha um impacto elevado ainda mais com a chegada da primavera e depois do verão.

Impactos em diferentes regiões

Ainda tomando como base as informações do Inmet, o El Niño tende a provocar diferentes reações climáticas nas diferentes regiões do país.

“Nas regiões Norte e Nordeste, a tendência é de seca mais severa e aumento dos focos de incêndio. Já nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, ocorre o aumento das temperaturas médias e irregularidade nas chuvas. Por fim, no Sul do Brasil, as chuvas ficam acima da média, especialmente durante a primavera e o verão, o que pode levar a enchentes e deslizamentos de terra”, diz o Inmet.

O que é de comum acordo entre os mais diferentes especialistas na área é que o El Niño ainda não chegou ao seu ápice. O fenômeno, que ajuda a elevar as temperaturas do Oceano Pacífico, deve ter sua maior força entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, ou seja, durante boa parte do verão brasileiro.

Há, portanto, um temor de que desastres naturais, como o registrado no Rio Grande do Sul em 2023 se repitam com mais intensidade em breve. A tendência é que a região Sul esteja na rota dos eventos mais perigosos.

“A discordância está na intensidade do El Niño nos próximos meses. Diante disso, a incerteza nos modelos torna crucial o monitoramento contínuo do fenômeno e os possíveis impactos em diferentes regiões do Brasil”, afirma o agrometeorologista Cleverson Freitas.

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