Nos últimos tempos, uma onda de golpes tem atingido os idosos brasileiros de maneira cruel e desprezível. Criminosos estão explorando o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), um auxílio do INSS destinado a pessoas com deficiência e idosos em situação de vulnerabilidade financeira.
Através de mensagens enganosas via SMS ou WhatsApp, esses golpistas afirmam que as vítimas têm direito ao benefício, mas exigem o pagamento de mais de R$ 400 reais para supostamente “liberar” os valores. Essa tática visa enganar e extorquir dinheiro daqueles que mais precisam de amparo financeiro.
O BPC/LOAS é um benefício mensal no valor de um salário mínimo (atualmente R$ 1.412), pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a indivíduos com deficiência de qualquer idade e idosos a partir de 65 anos que se encontram em situação de pobreza.
Para receber o auxílio, é necessário comprovar a condição de baixa renda através da inscrição no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Esse benefício visa garantir um mínimo de subsistência para aqueles que não possuem meios de prover o próprio sustento.
De acordo com relatos do INSS, a denúncia inicial partiu de um servidor da Previdência Social em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Ele se deparou com um intermediário que deu entrada no pedido de BPC/LOAS em nome de um idoso, se cadastrando como seu suposto procurador.
No caso do auxílio para idosos de baixa renda, o benefício é concedido de forma administrativa, bastando apenas que a pessoa esteja inscrita no CadÚnico e tenha 65 anos ou mais. Porém, os golpistas se aproveitam dessa facilidade para aplicar seus esquemas criminosos.
O caso só foi descoberto porque a vítima, um idoso enganado pelo golpe, compareceu à agência do INSS do município. Durante o atendimento, ele informou que havia recebido mensagens com informações falsas referentes à liberação do BPC/LOAS. Ao verificar o cadastro do idoso nos sistemas, o servidor encontrou vários supostos “procuradores” cadastrados no mesmo pedido de benefício, algo completamente irregular.
Para evitar cair em armadilhas como essa, é fundamental estar atento e seguir algumas orientações:
A pessoa deve utilizar apenas os canais oficiais de atendimento para cumprir qualquer solicitação do INSS, seja para agendar um serviço ou entregar algum documento:
Quando alguém liga para o telefone 135, o atendente pode pedir algumas informações. Esse é um procedimento de segurança para confirmar a identidade de quem telefonou.
Segundo o INSS, o caso foi encaminhado à Polícia Federal (PF) para investigação e providências cabíveis. A autarquia previdenciária reforça que nunca entra em contato direto com os cidadãos para solicitar dados ou pedir o envio de fotos de documentos por e-mail, WhatsApp ou outros meios de mensagens.
É importante manter seus dados de contato atualizados, como telefone, e-mail e endereço. Isso deve ser feito pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.