Na última semana, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), anunciaram a deflagração de uma greve nacional. A paralisação ocorre em um momento em que o governo federal e os sindicatos não chegaram em um acordo sobre um reajuste salarial que está sendo solicitado pelos trabalhadores.
Desde então, o governo federal vem dizendo que não há grandes impactos para a população em geral, e que as agências do INSS seguem funcionando normalmente mesmo dentro da paralisação anunciada. De todo modo, nesta semana, a autarquia decidiu atualizar os principais serviços que são indicados pelo Meu INSS.
O Meu INSS é um dos aplicativos mais famosos do Brasil. Através dele, os cidadãos podem realizar uma série de serviços, ou seja, mesmo em uma situação de greve tais indicações poderão ser realizadas normalmente sem sair de casa, e sem prejudicar a maioria dos cidadãos brasileiros.
Os serviços do Meu INSS
Os serviços mais procurados no app do meu INSS são:
- acompanhamento de processos;
- entrada em requerimentos;
- carteira do beneficiário;
- extrato de pagamento;
- bloqueio/desbloqueio de consignado.
“No aplicativo Meu INSS, somente em junho, 74.742.840 pessoas buscaram serviços e informações. Se contar desde a sua criação em fevereiro de 2017, foram 2.966.995.036 de acessos no aplicativo”, explicou o INSS.
“O ícone Meu INSS+, que oferece a carteira do beneficiário e descontos em farmácias, viagens e serviços em parceria com instituições financeiras, teve 25.194.748 acessos em junho”, segue a nota da autarquia.
Lista de serviços do Meu INSS
Sua agência está fechada por causa da greve dos servidores do INSS? Veja abaixo uma lista de serviços que podem ser realizados através do app do Meu INSS sem a necessidade de visita a uma agência física.
- Consultar pedidos;
- Extrato de pagamento;
- Meus benefícios;
- Extrato de contribuição (CNIS);
- Extrato de empréstimo;
- Simular aposentadoria;
- Novo pedido;
- Resultado de benefício por incapacidade;
- Benefício por incapacidade;
- Pedir benefício por incapacidade;
- Carteira do beneficiário;
- Extrato de Imposto de Renda (IR);
- Calendário de pagamento;
- Prova de vida;
- Meu cadastro.
O que diz o sindicato
O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo afirmou que já enviou um ofício para notificar o governo sobre a greve dos servidores.
Vale lembrar que os servidores já estavam em uma espécie de “operação apagão”. Este sistema estava travando parte dos atendimentos nas terças e quintas-feiras, como forma de alerta ao governo federal.
“Saímos da última reunião com o governo sem uma sinalização de nova reunião. O governo de fato não negociou, disse não a todas as nossas pautas, inclusive as que não são de cunho financeiro. Estamos abertos ao diálogo! Mas sem sinalização do governo até agora. Os eixos principais da greve não são financeiros e versam já do acordo de greve firmado em 2022 e não cumprido até agora”, diz a diretora do Sinsprev/SP, Thaize Chagas Antunes.
Na negociação, o governo ofereceu um aumento de 9%, mas só a partir de janeiro de 2025, e outro de 5% a partir de abril de 2026. Para além disso, eles também ofereceram alongamento da carreira de 17 para 20 padrões. Os servidores não aceitaram essas ofertas.
Problema para o governo federal
Fato é que o governo federal poderá enfrentar uma greve do INSS justamente em um momento em que o poder executivo planeja iniciar um super pente-fino em benefícios previdenciários. Caso a greve seja realmente tirada do papel, é possível que essas avaliações sejam impactadas.
Ao menos até aqui, nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem o ministro da Previdência, Carlos Lupi, se manifestaram sobre a possibilidade de greve do INSS. Servidores estão assustados com o que pode acontecer nos próximos dias.