Num país marcado pela escravidão, violência e descaso como Brasil, é fundamental ouvir e compreender os fatos pela voz de quem vive ou já viveu essa realidade. Há muitas mulheres negras que fizeram desses temas o foco de suas obras. Assim, seus textos têm reconhecimento nacional e internacional, fazendo dessas autoras referências no assunto.
Veja abaixo dicas de livros de autoras negras indispensáveis!
Quem tem Medo do Feminismo Negro?, de Djamila Ribeiro
Em primeiro lugar recomendamos uma obra que tem formato de ensaio autobiográfico. O livro é uma coletânea de artigos publicados pela filósofa e professora na coluna da revista Carta Capital, entre os anos de 2014 e 2017. Djamila relata sobre sua infância e adolescência, trazendo a tona a discussão sobre silenciamento e marginalização de corpos negros.
A cor Púrpura, de Alice Walker
Esse é um best-seller vencedor de muitos prêmios de literatura. A história retrata, por meio de cartas, a vida de uma mulher negra no sul dos Estados Unidos, nos anos 1930, que foi abusada durante toda a sua vida, desde a infância. Assim, ela escreve para sua irmã e para Deus como forma de consolo, num relato comovente que vai emocionar o leitor. Posteriormente, esse texto foi adaptado ao cinema com a direção de Steven Spielberg.
Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus
O livro foi escrito em formato de diário biográfico, no qual Carolina Maria relatou seu duro cotidiano como moradora da favela do Canindé, em São Paulo. Desse modo, ela registrava diariamente sua labuta como catadora de papel e o sacrifício para não deixar que seus filhos morrerem de fome. Ademais, além de trazer um relato real de cunho social, o livro publicado em 1960 e traduzido para mais de 16 idiomas, possui ainda uma linguagem poética.
Olhos d’Água, de Conceição Evaristo
Por fim, recomendamos uma obra escrita por uma autora contemporânea indispensável. Conceição Evaristo tem uma escrita cirúrgica e afetiva. Olhos d’Água é uma coletânea que reúne 15 de seus contos. Os temas expõem as desigualdades, a violência, além dos dilemas da vida de um povo esquecido. Ademais, a obra é também uma exaltação à ancestralidade africana e à potência do ser feminino.
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