Uma moeda pode ser considerada rara por diversos motivos que envolvem tanto sua produção quanto sua sobrevivência ao longo do tempo. Quanto mais incomum for, mais tende a valer uma dessas peças. Existem muitos fatores que contribuem para aumentar o grau de raridade de uma moeda.
1. Tiragem limitada
Moedas com tiragens limitadas – fabricadas em menos número – são naturalmente mais raras do que aquelas produzidas em grande quantidade. Muitas vezes, as casas da moeda emitem séries especiais ou comemorativas com uma quantidade pré-determinada, o que aumenta a escassez dessas moedas no mercado.
2. Erros de cunhagem
Erros de cunhagem são falhas no processo de fabricação que resultam em moedas com características únicas e não intencionais. Exemplos de erros incluem reversos invertidos, discos trocados, batidas duplas, entre outros. Moedas com erros de cunhagem são geralmente retiradas da circulação, o que faz delas mais raras.
3. Anomalias específicas e variações
Algumas moedas podem apresentar características específicas que as diferenciam das demais de sua série. Isso pode incluir variantes no design, mudanças não documentadas na produção ou características únicas introduzidas por acidente ou intencionalmente.
4. Demanda
A demanda por uma determinada moeda entre os colecionadores pode influenciar sua raridade percebida. Se uma moeda é altamente desejada devido a sua história, design ou valor simbólico, sua disponibilidade no mercado pode diminuir, aumentando assim sua raridade.
6. Estado de conservação
Moedas em excelente estado de conservação são mais raras do que aquelas desgastadas pelo uso ou danificadas ao longo do tempo. Colecionadores geralmente valorizam moedas que mantêm seus detalhes originais, com pouco ou nenhum desgaste visível.
Existe até mesmo uma escala que usa-se para classificar as moedas:
Flor de Cunho (FC)
Essa é a categoria mais alta e inclui moedas perfeitas. As moedas FC são extremamente valorizadas pelos colecionadores porque são muito difíceis de se encontrar.
Soberba (S)
Essa categoria descreve moedas que apresentam um desgaste muito leve, mas não são perfeitas como as moedas FC. No entanto, ainda valem grandes quantias.
Muito Bem Conservada (MBC)
Refere-se a moedas com desgaste moderado. A maior parte dos detalhes do design está preservada, embora não seja uma moeda tão boa quanto as duas anteriores.
Bem Conservada (BC)
Essas são moedas com um desgaste mais nítido. A superfície da moeda pode ter vários danos, o que torna essa moeda menos valiosa.
Regular (R)
Moedas com desgaste pesado. A identificação da moeda ainda é possível, mas com dificuldade em alguns casos.
Um Tanto Gasta (UTG)
Essa é a categoria mais baixa de conservação. Isso porque moedas UTG estão extremamente desgastadas devido ao uso e a ação do tempo. Por via de regra, aliás, não são mais colecionáveis.
Exemplo de moeda rara: 10 centavos de 2010
Essa moeda de 10 centavos de 2010 com o erro conhecido como “boné” é um exemplo clássico de como erros de cunhagem podem transformar uma moeda comum em um item de alto valor. O termo “boné” refere-se à descentralização de disco, onde o anel prateado da moeda aparece deslocado, muitas vezes resultando em uma imagem onde partes do design são visivelmente fora de foco ou desalinhadas.
Esse exemplar que você observa na imagem está valendo R$ 150 no site TN Moedas.
Imagem: TN Moedas
A descentralização de disco geralmente é visível a olho nu, especialmente em moedas que possuem um anel prateado ao redor de um centro colorido. A diferença de alinhamento entre o anel e o núcleo da moeda, aliás, é claramente perceptível, muitas vezes destacando-se imediatamente como um erro.
Esse tipo de erro pode ocorrer devido a uma série de fatores durante o processo de cunhagem. Isso inclui desalinhamento das matrizes de cunhagem, pressão desigual durante a cunhagem, desgaste ou danos às máquinas de cunhagem, ou até mesmo erros humanos na configuração ou operação das máquinas.