O YouTube, a maior plataforma de compartilhamento de vídeos do mundo, está tomando medidas para combater a desinformação médica. Recentemente, a empresa anunciou que irá remover qualquer conteúdo que promova tratamentos contra o câncer que sejam comprovadamente prejudiciais ou ineficazes, além de desencorajar os espectadores a procurar tratamento profissional. Essa iniciativa faz parte de uma nova política de desinformação que visa proteger a saúde pública e combater a propagação de informações falsas.
O YouTube está atualizando suas políticas para abranger uma ampla gama de tópicos médicos. Em sua postagem oficial, a plataforma afirmou que tomará medidas contra conteúdos que divulguem tratamentos prejudiciais ou não comprovados, especialmente quando sugeridos como substitutos de alternativas estabelecidas. Por exemplo, tomar vitaminas no lugar de realizar radioterapia seria considerado um desses tratamentos não comprovados.
Essas políticas atualizadas são uma resposta aos compromissos assumidos pelo YouTube em parceria com outras gigantes da tecnologia, como Facebook, Google e Twitter, para combater a desinformação sobre a Covid-19. Desde então, o YouTube tem tomado medidas para remover conteúdos desinformativos sobre vacinas e outros assuntos relacionados à saúde.
Além das medidas contra a desinformação médica, o YouTube também está explorando o uso da inteligência artificial em sua plataforma. Recentemente, a empresa anunciou um experimento com o uso da IA para gerar automaticamente resumos de vídeos. A ideia é facilitar para os usuários a decisão de assistir ou não a determinado vídeo, ao lerem um breve resumo gerado pela IA.
Os resumos gerados por IA serão testados em um número limitado de vídeos em inglês e serão visíveis apenas para um grupo seleto de usuários. Os interessados em participar desses testes podem se inscrever no YouTube, sendo que alguns experimentos podem requerer a assinatura do YouTube Premium.
O experimento do YouTube com resumos gerados por IA faz parte de uma série de iniciativas de inteligência artificial em andamento na Google. A empresa tem explorado diferentes usos para essa tecnologia emergente. Por exemplo, na conferência de desenvolvedores em maio, a Google anunciou um recurso na Play Store que utiliza a IA gerativa para resumir as avaliações dos usuários de aplicativos.
Além disso, a Google também está trabalhando em outras frentes com a IA. Recentemente, lançou uma Experiência Generativa de Busca e ferramentas de IA Duet para seus aplicativos de produtividade do Workspace. A empresa está buscando maneiras de aproveitar ao máximo o potencial da IA em diversos aspectos de seus serviços.
A Google não é a única empresa a explorar o uso da inteligência artificial para gerar resumos de conteúdo online. A Artifact, por exemplo, lançou recentemente um recurso de resumo para artigos de notícias. Essa tendência mostra como a IA está se tornando uma ferramenta poderosa para auxiliar na classificação e organização de informações.
Se a implementação dos resumos gerados por IA for expandida, isso pode afetar diretamente a maneira como os criadores de conteúdo estruturam seus vídeos. Cada mudança de política e introdução de novos recursos pela plataforma do YouTube pode ter efeitos amplos em seu ecossistema de conteúdo. Os criadores já estão sempre tentando agradar ao algoritmo recomendador do YouTube, que é complexo e tem um papel fundamental na visibilidade de seus vídeos. Com a introdução dos resumos gerados por IA, eles também terão que considerar a inteligência artificial do Google ao produzir seus conteúdos.