O novo governo federal anunciou no início do ano que o programa Bolsa Família passaria por alguns reajustes com o objetivo de garantir o auxílio às famílias que realmente precisam do benefício. Com as alterações, alguns beneficiários podem receber até R$ 900 através do programa social.
Além da mudança nos valores do programa, o presidente Lula também anunciou a criação de novos critérios para a seleção das famílias contempladas pelo Bolsa Família. Entre as mudanças é possível citar a priorização de famílias com crianças e adolescentes em idade escolar.
O Bolsa Família é um dos principais programas sociais do país e tem como objetivo combater a pobreza e a desigualdade social, atendendo famílias em situação de vulnerabilidade econômica. Desde a sua criação em 2003, o programa já beneficiou milhões de famílias em todo o Brasil.
Hoje as famílias beneficiadas pelo programa social recebem pelo menos R$ 600 do governo federal. No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que existe a possibilidade de receber até R$ 900.
O recebimento dos R$ 900 é possível por conta da parcela adicional referente ao Benefício Primeira Infância, que paga R$ 150 para as famílias que possuam crianças de, no máximo, 6 anos na composição familiar. Vale informar que cada família pode receber até duas parcelas adicionais, totalizando R$ 300. Sendo assim, ao somar o valor mínimo de R$ 600 e a parcela extra do Benefício Primeira Infância, algumas famílias podem receber R$ 900 do Bolsa Família.
Além do valor extra do Beneficio Primeira Infância para crianças de até 6 anos, a partir de junho o Bolsa Família deve oferecer um outro pagamento adicional. A nova parcela será paga para famílias que tenham em seu núcleo crianças e jovens entre 7 a 18 anos e/ou gestantes.
Para continuar recebendo o Bolsa Família é preciso cumprir algumas regras definidas pelo governo federal. Entre essas condicionalidades está a realização do acompanhamento pré-natal quando houver gestantes na família, bem como o acompanhamento do calendário nacional de vacinação de todos os membros familiares.
É necessário também a realização do acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de 7 anos. Além disso, a frequência escolar é uma das principais regras para continuar recebendo o benefício. As crianças de 4 a 5 anos devem manter a frequência escolar mínima de 60%. Já as crianças e jovens de 6 a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica precisam manter a frequência escolar mínima de 75%.
As famílias que recebem o Bolsa Família também precisam manter os dados sempre atualizados no Cadastro Único. O CadÚnico é uma importante ferramenta para garantir o acesso de famílias de baixa renda a programas sociais e serviços públicos. Sendo assim, para atualizar os dados, o responsável familiar deve comparecer ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), ou à Secretaria de Assistência Social do seu município.
Hoje alguns dados também podem ser atualizados pela internet, acessando as plataformas oficiais do CadÚnico. Mais informações sobre as condicionalidades para receber o Bolsa Família podem ser obtidas no site do Ministério do Desenvolvimento Social.