O livro Vidas Secas é uma das obras literárias brasileiras mais cobradas nos exames de vestibulares, estando presente na lista de obras obrigatórias das principais universidades do Brasil.
A obra do alagoano Graciliano Ramos (1892-1953) foi publicada em 1938 e retrata a realidade de uma família de retirantes no sertão nordestino. Desse modo, o romance narra a vida miserável dos integrantes da família, que são obrigados a se mudar por conta da seca.
Vidas Secas é considerada uma obra modernista e representa o período regionalista da Segunda Geração de autores, sendo um dos principais romances da época.
O livro de Graciliano é dividido em 13 capítulos e possui os integrantes da família como personagens principais, entre eles: Fabiano, Sinhá Vitória (sua esposa), os dois filhos do casal – que não são identificados por nomes e são referidos na narrativa por o “menino mais novo” e o “menino mais velho – e Baleia, a cadela da família. O patrão de Fabiano também é um dos personagens que aparecem na narrativa.
O primeiro capítulo, “Mudança”, narra o início do processo de migração da família pelo sertão nordestino em busca de uma vida melhor, os capítulos que se seguem passam a ser centrados nos membros da família, assim os capítulos recebem como título o nome das personagens.
A linguagem utilizada pelo autor é seca, direta e econômica, que pode ser entendida como uma estratégia para transmitir os aspectos principais da obra quanto ao tema. A história se passa no sertão, como mencionado, e explora elementos da seca, como a fome, a miséria e a exploração. Desse modo, Graciliano traça o perfil do sertanejo nas suas personagens.
É comumente atribuído ao romance o caráter documental, pois a história retrata a realidade de muitas famílias nordestinas do período. Desse modo, a obra é também uma denúncia ao descaso social enfrentado pelos sertanejos.
Filme Vidas Secas
Para aqueles que gostam de estudar literatura através de obras cinematográficas, vai a dica: o romance de Graciliano Ramos foi adaptado e virou um filme homônimo.
Dirigido por Nelson Pereira dos Santos, o filme de 1963 é ambientado no sertão, sendo fiel ao livro. Desse modo, é uma excelente forma de estudar o romance de Graciliano.
O filme foi indicado à Palma de Ouro e recebeu o Prêmio do OCIC, sendo considerado até hoje uma das maiores obras do cinema brasileiro.
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