Vestibular: Conheça “O Bem-Amado”, obra de Dias Gomes
A obra O Bem-Amado do dramaturgo Dias Gomes teve a publicação da sua primeira versão em 1962. Trata-se de um texto originalmente composto para o teatro. Desse modo, não há narrador.
O livro contém uma forte sátira da política nacional, com um retrato irônico e uma crítica social do funcionamento da política brasileira. Assim, a história se passa na cidade fictícia de Sucupira, que pode ser lida com uma metáfora do Brasil.
O texto segue a seguinte estrutura: problema, solução e drama. Assim, o enredo se inicia a partir da morte de um cidadão da cidade fictícia. O pescador precisa ser levado à cidade vizinha para a realização do enterro, já que em Sucupira não há sequer um pequeno cemitério.
É aí que Odorico Paraguaçu, sujeito de lábia e amado por todas as mulheres, vê a oportunidade de se eleger para prefeito da cidade com a promessa de construir um cemitério. Odorico vence as eleições e daí se encaminha toda a história.
O livro traz, desse modo, uma caricatura do típico político brasileiro, além de retratar as mazelas as quais o povo está sujeito por conta dessa figura. Nesse sentido, Dias Gomes mostra a manipulação do povo por meio de agradáveis discursos. Ademais, toda a crítica é envolta em humor.
Além de Odorico, entre as personagens figuram Neco Pedreira, Dorotéia, Dulcinéa, Dirceu, Zeca e Moleza.
O Bem-Amado já passou por adaptações para o teatro e também para a televisão e até hoje está presente nos vestibulares.
Sobre o autor
Alfredo de Freitas Dias Gomes (1922-1999) foi romancista, dramaturgo, autor de telenovelas e membro da Academia Brasileira de Letras. Desse modo, o escritor baiano, escreveu diversas obras para o teatro, literatura, cinema e televisão.
Entre suas obras de mais destaque figuram Ludovido (1940), O Pagador de Promessas (1959) e O Bem-Amado (1962).
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