Vestibular: Conheça "Claro Enigma", obra de Carlos Drummond de Andrade - Notícias Concursos

Vestibular: Conheça “Claro Enigma”, obra de Carlos Drummond de Andrade

A literatura brasileira está sempre presente nas provas de vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Assim, todos os anos as universidades divulgam uma lista de obras cobradas, uma das obras do vestibular 2021 é Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade.

Publicado em 1951, o livro de Drummond é divido em seis partes e reúne, ao todo, quarenta poemas. A obra reflete os sentimentos gerados pelas transformações sociais da primeira metade do século XX, no período em que ocorria a Guerra Fria.

Nesse sentido, o poeta apresenta uma linguagem mais amarga com temas reflexivos sobre a condição humana. Para muitos estudiosos, Claro Enigma é a maior obra do poeta publicada após sua fase social, na qual escreveu  o livro A Rosa do Povo (1945).

Assim, a Claro Enigma marca um momento de inflexão da na carreira de Drummond, rompendo com o perfil poético apresentado pelo autor na fase social. O poeta assume uma linguagem mais voltada ao filosófico e ao existencial.

Os temas abordados no livro refletem o amargor e a desilusão do poeta quanto a sua militância e quanto ao cenário social e político mundial como um todo. A desilusão com a humanidade é demonstrada em muitos dos textos que compõem a obra.

Veja trecho da poesia Cantiga de Enganar:

“O mundo não vale o mundo,
meu bem.
Eu plantei um pé-de-sono,
brotaram vinte roseiras.
Se me cortei nelas todas
e se todas se tingiram
de um vago sangue jorrado
ao capricho dos espinhos,
não foi culpa de ninguém. […]”

Nesse sentido, as principais temáticas da obra são: melancolia, descrença, ceticismo, pessimismo existencial, angústia, amor, ausência e tempo.

Outra temática presente na obra é a terra natal. A quarta parte da obra é toda voltada para Minas Gerais, onde nasceu o poeta. Além disso, a obra também apresenta a exposição de ideias contrárias, relembrando o Barroco.

Quanto à forma, Drummond se afasta da linguagem mais coloquial apresentada na Primeira Geração de poetas modernistas. Assim, o autor retorna ao clássico em Claro Enigma, apresentando maior preocupação com a forma e com a rima nos poemas, a presença dos sonetos no livro exemplifica bem isso.

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