Vender milhas aéreas não é uma boa opção: saiba os motivos e se surpreenda

No primeiro semestre deste ano, usuários do programa da LATAM Pass receberam e-mails a respeito das boas práticas no uso do programa de fidelidade da própria instituição. A mensagem tem como intuito inibir a comercialização de pontos ou milhas aéreas entre os usuários da plataforma.

Continue com a leitura da matéria desta quinta-feira (15) do Notícias Concursos e entenda por quais razões a venda e compra de milhas aéreas não é uma boa opção. Se surpreenda com o porquê.

LATAM acabará com a venda de milhas aéreas?

Grande parte dos usuários do programa LATAM Pass receberam um comunicado denominado “Evite a suspensão da sua conta LATAM Pass”. Nele se frisa que o mau uso da conta poderá acarretar em seu bloqueio ou até em sua exclusão definitiva.

No corpo do texto estão descritas algumas práticas que devem ser evitadas dentro da plataforma, como:

• Comercialização de milhas;
• Fornecimento de informações falsas;
• Compartilhamento de dados pessoais.

Isso porque todas as informações presentes na plataforma são intransferíveis e de uso exclusivo do cliente.

Venda de milhas é uma boa opção?

A ideia de fazer uma “renda extra” com a venda de milhas é difundida de forma massiva na internet. Contudo, apesar de parecer um processo vantajoso, existem alguns pontos de atenção relevantes.

O primeiro ponto é que a venda de milhas não existe de fato, já que não é possível encontrar empresas voltadas apenas para o processo de compra e venda de milhagem. Você pode até transferir sua pontuação para outra pessoa, mas isso exige um custo, que em grande parte dos casos não compensa.

Mas, como funcionam os sites de comercialização de pontos e milhas? Muitas empresas trabalham com essa proposta, no entanto, esse processo costuma ser bem delicado, principalmente com a exposição dos seus dados.

Funciona assim: o cliente contata a empresa em questão e passa suas informações de login e senha do programa de pontos. Após essa etapa, o estabelecimento busca por pessoas que desejam comprar passagens aéreas. Ao encontrar um interessado, eles entram no seu perfil e emitem uma passagem como se você estivesse emitindo para outra pessoa.

Proibição da venda

O segundo ponto, um dos mais importantes, é a venda de milhas. Ela é proibida pelo regulamento dos programas de fidelidade de bancos e aéreos.

Em outras palavras, ao vender suas milhas você está infringindo um regulamento válido para o Brasil. Como se não bastasse, também corre o risco de perder a conta no programa, já que para que a venda seja realizada, todos os itens citados no comunicado são violados.

Quando várias passagens são emitidas em sua conta, o programa de fidelidade entra em contato com você. Assim, é preciso mentir, afirmando que a emissão está sendo feita por você e que não se trata de uma venda de milhas.

O terceiro ponto é que para ter lucro nesse processo de compra e venda é necessário movimentar uma grande quantidade de milhas todos os meses. No entanto, para que isso dê certo é preciso ter dedicação total e exclusiva, ou seja, viver essa nova realidade.

Além disso, empresas como LATAM e Smiles permitem a emissão de passagens para até 25 pessoas diferentes. Esse número é baixo e não garante muito retorno financeiro, por isso foi desenvolvido a “administração de CPF”, em que você administra contas de várias pessoas para ficar comprando e vendendo milhas. Ou seja, você está usando as pessoas como “laranjas” no seu esquema de compra e venda de milhas aéreas.