A cesta básica ficou mais barata em quatro dos oito locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) em agosto. Contudo, nos quatro locais restantes, os preços subiram, pressionando o orçamento dos consumidores.
Em resumo, o levantamento revela o valor da cesta básica em oito cidades brasileiras. A saber, os dados fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV IBRE.
No mês passado, os locais que registraram queda nos preços foram os seguintes:
- Curitiba: -1,9%;
- São Paulo: -1,4%;
- Fortaleza: -1,3%;
- Brasília: -1,1%.
Por outro lado, os valores subiram nos outros quatro locais pesquisados pelo FGV IBRE. Aliás, os avanços foram ainda mais expressivos que as quedas, para tristeza dos brasileiros. Confira as variações registradas:
- Belo Horizonte: 9,4%;
- Rio de Janeiro: 3,0%;
- Salvador: 1,6%;
- Manaus: 1,2%.
Veja qual estado teve a cesta básica mais cara em agosto
Após o acréscimo das variações, o ranking nacional teve uma grande mudança em relação aos meses anteriores. A cesta básica mais cara do país deixou de ser a de São Paulo, que assumiu a posição em julho, e o antigo líder nacional voltou à primeira posição.
Em agosto, a cesta de consumo básico na capital paulista foi a segunda mais cara do país. Veja o valor da cesta em cada local pesquisado em agosto e o estado que apresentou o maior valor do país, superando São Paulo:
- Rio de Janeiro: R$ 836,57;
- São Paulo: R$ 814,11;
- Fortaleza: R$ 709,96;
- Curitiba: R$ 703,02;
- Salvador: R$ 683,23;
- Brasília: R$ 680,78;
- Manaus: R$ 649,13;
- Belo Horizonte: R$ 618,67.
No mês de agosto, a cesta básica do Rio de Janeiro foi a mais cara do país, ultrapassando São Paulo e voltando à liderança nacional. Além disso, outra mudança também ocorreu no mês: Salvador subiu da sexta para a quinta posição, ultrapassando Brasília. Isso aconteceu devido às variações registradas no mês, com os preços subindo na capital baiana, mas caindo na capital federal.
Já na parte de baixo da tabela, Belo Horizonte teve a cesta mais barata em todos os meses de 2023. A última vez que outra capital apresentou o menor preço do país foi em dezembro do ano passado, quando os consumidores de Manaus aproveitaram valores mais acessíveis que os mineiros.
Cesta de consumo ampliada
A pesquisa da FGV revelou o valor da cesta de consumo ampliada nos oito locais pesquisados. Em síntese, os preços subiram em seis locais, com exceção apenas de Curitiba (-1,5%) e Fortaleza (-0,3%).
Em contrapartida, as altas foram registradas nos seguintes locais: Belo Horizonte (12,6%), Rio de Janeiro (7,9%), Brasília (4,8%), Salvador (3,5%), Manaus (3,5%) e São Paulo (1,7%).
Após essas variações, as cestas de consumo ampliadas atingiram os seguintes valores em agosto:
- Rio de Janeiro: R$ 2.006,40;
- São Paulo: R$ 1.924,05;
- Brasília: R$ 1.785,08;
- Fortaleza: R$ 1.648,03;
- Salvador: R$ 1.663,60;
- Curitiba: R$ 1.685,32;
- Belo Horizonte: R$ 1.698,24;
- Manaus: R$ 1.468,88.
Na passagem de julho para agosto, a principal mudança se referiu a Belo Horizonte, que teve a maior variação dos preços e saltou três posições, passando do sétimo para o quarto lugar. Aliás, vale destacar a queda de posições de Fortaleza, que caiu do quarto para o sétimo lugar, invertendo o lugar com Belo Horizonte.
A saber, a capital mineira também ultrapassou Salvador e Curitiba, que também inverteram suas posições em agosto. Em suma, ambas ultrapassaram Fortaleza, mas os preços não foram maiores que os de Belo Horizonte.
Na parte de baixo do ranking, Manaus continuou com a cesta de consumo ampliada mais barata do Brasil, mantendo uma distância confortável de Belo Horizonte.
Itens aumentam preço da cesta de consumo
Alguns itens exerceram fortes impactos no valor da cesta de consumo no país em agosto. Em resumo, cinco dos 18 itens pesquisados pelo FGV IBRE ficaram mais caros em todos os locais pesquisados no mês passado. Veja quais foram:
- Manteiga;
- Frango;
- Margarina;
- Arroz;
- Açúcar.
“A alta registrada na margarina deriva do aumento no preço de óleos vegetais, que é um dos principais componentes de produção, devido ao fim do acordo de grãos entre Rússia e Ucrânia. Já o frango vem aumentando o preço devido à redução de oferta e ao aquecimento da demanda, segundo o CEPEA”, explicou o FGV IBRE.
Por fim, a entidade também ressaltou o encarecimento dos preços do arroz. “A alta no preço do arroz, por sua vez, foi impulsionada pela restrição na oferta do produto, além do cenário de aquecimento nas exportações e maior busca por arroz brasileiro no mercado internacional“, avaliou o FGV IBRE.