O valor da cesta básica caiu em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em maio. Após subir na maioria dos locais em abril, os preços dos itens básicos voltaram a ficar mais baratos no país, mesmo que levemente.
Em resumo, o valor da cesta básica subiu em apenas seis locais, mas os avanços não foram muito expressivos. Confira as capitais cujos preços subiram em maio:
- Salvador: +1,42%;
- Curitiba: +1,41%;
- Belém: +1,37%;
- Recife: +0,84%;
- Fortaleza: +0,43%;
- Vitória: +0,31%.
Por outro lado, o valor da cesta básica caiu em 11 capitais pesquisadas no mês passado, com destaque para o Centro-Oeste, cujos estados tiveram as maiores quedas do país:
- Brasília: -1,90%;
- Campo Grande: -1,85%;
- João Pessoa: -0,76%;
- Natal: -0,62%;
- Florianópolis: -0,55%;
- São Paulo: -0,36%;
- Belo Horizonte: -0,32%;
- Porto Alegre: -0,25%;
- Rio de Janeiro: -0,13%;
- Aracaju: -0,02%;
- Goiânia: -0,01%.
Com o acréscimo destas variações nos preços, a capital que teve a maior mudança em sua posição foi Brasília, que caiu três posições no ranking nacional. Contudo, a cesta básica mais cara do país permaneceu na mesma posição, algo que vem se repetindo nos últimos meses.
Cesta básica de São Paulo é a mais cara do país
De acordo com o levantamento do Dieese, a cesta básica de São Paulo foi a mais cara do país em maio. Nos últimos meses de 2022, a capital perdeu espaço para Porto Alegre, que chegou a ter a cesta mais cara do país, mas por pouco tempo.
No mês passado, os valores destas cestas se mantiveram bem bem próximos, uma vez que o recuo registrado nos preços em Porto Alegre foi um pouco menor que o de São Paulo. Caso os dados dos próximos levantamentos continuem assim, a capital gaúcha poderá voltar a ter a cesta básica mais cara do país.
De todo modo, São Paulo ainda está na liderança nacional, e quem reside na capital paulista precisou pagar mais caro do que em outros locais do país para adquirir alimentos básicos em maio.
Em síntese, a população paulistana precisou gastar R$ 791,82 para comprar uma cesta básica em maio. Já a segunda cesta mais cara do país foi a do Porto Alegre, que custou R$ 781,56 no mês passado, valor 1,3% menor que a de São Paulo. Em abril, a diferença era de 1,4%, enquanto o percentual que distanciava as duas ficou em 4,6% em março.
No acumulado dos últimos 12 meses até maio, a cesta de São Paulo ficou 1,79% mais cara no país, enquanto a de Porto Alegre ficou 1,67% mais cara. Ambos os resultados foram tímidos, visto que a maior alta em 12 meses foi registrada em Fortaleza (+7,03%) e Belém (+6,56%).
Sete de 13 produtos ficam mais baratos em São Paulo
O Dieese revelou que sete dos 13 produtos pesquisados ficaram mais baratos em São Paulo no mês passado. Veja abaixo quais tiveram queda em seus valores:
- Óleo de Soja: -7,15%;
- Banana: -2,66%;
- Café em pó: -2,53%;
- Manteiga: -0,81%;
- Pão francês: -0,62%;
- Tomate: -0,58%;
- Carne bovina de primeira: -0,26%.
Em suma, o óleo de soja se destacou em maio, com o maior recuo entre os itens pesquisados. O alimento ficou mais barato em todos as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese no mês passado. As quedas oscilaram entre -2,42%, em Goiânia, e -14,30%, em Aracaju.
No acumulado de 12 meses, todos os locais também registraram queda no preço do óleo de soja, com destaque para Belo Horizonte (39,90%), Campo Grande (-36,01%) e Rio de Janeiro (-35,74%).
O Dieese explicou que o principal motivo para a queda nos preços do óleo de soja foi o enfraquecimento da demanda interna. Aliás, os valores internacionais do óleo de soja também caíram em maio.
Preços de seis produtos sobem em maio
Por outro lado, seis produtos pesquisados pelo Dieese ficaram mais caros em São Paulo no mês passado. Embora a maioria dos itens tenha registrado queda nos preços, isso não foi suficiente para evitar a alta de impedir a queda de 0,36% no valor da cesta básica da cidade de São Paulo em relação a abril.
Confira os produtos cujos preços subiram em maio:
- Batata: +3,85%
- Arroz agulhinha: +2,95%;
- Açúcar refinado: +2,73%;
- Farinha de trigo:+1,76%;
- Leite Integral: +0,72%;
- Feijão carioquinha: +0,10%.
Em maio, houve um equilíbrio das variações dos preços dos itens pesquisados, com pouco mais da metade dos alimentos apresentando queda em seus preços, enquanto os demais tiveram redução nos valores.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, nove dos 13 produtos pesquisados ficaram mais caros no período. As únicas exceções foram óleo de soja (-28,22%), batata (-14,20%), carne bovina de primeira (-9,47%) e açúcar refinado (-3,04%).
Em contrapartida, os demais itens apresentaram aumento dos seus preços no período: banana (+23,78%), farinha de trigo (+19,66%), leite integral (+17,23%), manteiga (+12,45%), arroz agulhinha (+12,13%), feijão carioquinha (+11,33%), tomate (+9,61%), pão francês (+6,34%), e café em pó (+0,54%).