O universo da numismática vem crescendo de maneira surpreendente nos últimos tempos no Brasil. O número de colecionadores se expande em vários locais do país, e existem cada vez mais pessoas em busca de moedas raras. Por isso que se tornou comum encontrar conteúdo do tema na internet.
Em resumo, os numismatas buscam moedas antigas, mas não são apenas estes itens que fazem sucesso. Algumas peças fabricadas há pouco tempo também se valorizam no país devido a peculiaridades encontradas em poucas peças, que as tornam incomuns.
Esses itens despertam o interesse devido às suas características históricas e artísticas, figurando como objetos de desejo de inúmeros colecionadores. Estes se dispõem a gastar verdadeiras fortunas por peças que, teoricamente, valem bem pouco no país.
Foi isso o que aconteceu com um modelo de 1 real que apresentou algumas falhas de cunhagem e, por isso, tornou-se valioso no país. Neste texto, você vai conhecer duas peças fabricadas no mesmo ano que tiveram uma valorização de 200% por causa de um defeito que passa despercebido pela maioria da população.
Aliás, muitas pessoas não entendem como uma moeda pode se valorizar tanto assim, chegando a valer centenas ou milhares de reais. No entanto, para os numismatas, o valor é justo devido às particularidades de cada possui, visto que essas características os tornam únicos.
Entenda o que valorizou as moedas de 1 real
Nos últimos tempos, duas moedas de 1 real passaram a mexer com o imaginário dos numismatas. Os exemplares foram fabricados há mais de duas décadas, em 1999, e sua fama cresce com o tempo devido à dificuldade de encontrá-los.
A saber, a Casa da Moeda fabricou menos de 100 milhões de moedas de 1 real em apenas sete anos. O grande destaque foi o ano de 1999, que teve menos de 4 milhões de unidades produzidas. Em todos os outros anos, a tiragem superou essa marca, com destaque para o ano de 2008, quando houve a fabricação de quase 665 milhões de moedas de 1 real.
Essa discrepância de números evidencia a dificuldade de adquirir peças comuns de 1999, e isso é muito mais difícil quando se trata de modelos com falhas de cunhagem. Isso faz os numismatas pagarem caro pelos itens, mesmo que seu valor monetário seja muito baixo.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, as peças de 1 real que se valorizaram possuem o reverso rotacionado. Para conferir se o modelo está com essa falha, basta girá-lo na vertical, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso não ficar de pé, significa que ele está rotacionado, algo que não deveria acontecer.
O Catálogo Ilustrado informa que as moedas de 1 real de 1999 com o reverso rotacionado para a direita chegam a valer R$ 200, mesmo valor que os itens com a rotação para a esquerda. Caso a pessoa tenha ambas as peças, poderá ganhar R$ 400 com apenas duas moedas de 1 real.
Numismatas buscam peças incomuns
Além de peças antigas e com baixa tiragem, como as apresentadas neste texto, os numismatas também buscam modelos fabricados exclusivamente para datas comemorativas, justamente por terem uma tiragem limitada àquele período.
Da mesma forma, os colecionadores procuram itens que já saíram de circulação ou cujas unidades no país são escassas e raras. Tudo isso demonstra a dificuldade de conseguir o exemplar, ou seja, sua aquisição passa a ser mais custosa.
A propósito, as pessoas que pesquisam, estudam e se especializam em cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico recebem o nome de numismatas. O termo também é utilizado muitas vezes para designar o ato de colecionar estes itens, ou seja, os colecionadores são chamados de numismatas.
Cuidado ao guardar as moedas raras
Segundo especialistas, as pessoas devem manter as moedas armazenadas em saquinhos plásticos ou papel filme e não devem manuseá-las com as mãos nuas. O mais indicado é utilizar uma luva para que não haja desgaste do material, até porque as moedas que mantêm suas formas originais costumam valer bem mais que os modelos mais gastos.
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras, como:
- Entrar em grupos de colecionadores em redes sociais, como o Facebook;
- Acessar lojas especializadas na compra e na venda de moedas raras, tanto físicas quanto online;
- Participar de leilões de moedas raras, principalmente de itens que tenham alto valor;
- Buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar moedas raras.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.