Os cidadãos seguem com grandes expectativas da liberação da segunda fase de consulta do “dinheiro esquecido”. O Banco Central encerrou a primeira fase de consultas, através do Sistema Valores a Receber, no mês de abril. Inicialmente, a expectativa inicial era que a fase seguinte iniciasse no início de maio.
No entanto, os brasileiros ainda não puderam fazer novas consultas. A greve dos servidores do BC acabou atrasando a implementação da ferramenta que permitia as consultas. Sendo assim, as pessoas continuam sem poder acessá-la para saber se têm algum “dinheiro esquecido” em bancos ou instituições financeiras.
“As consultas ao Sistema de Valores a Receber (SVR) estão temporariamente suspensas para aprimoramento”, informa o BC, em comunicado.
“Em breve, o Banco Central divulgará a data de reabertura do sistema para novas consultas e resgate dos saldos existentes; e informações sobre valores de falecidos. Enquanto isso, estamos trabalhando em melhorias do SVR e na inclusão de novos valores”, completa.
Agora, com o fim da greve dos servidores do Banco Central, a expectativa é maior pelo retorno da fase de consultas do dinheiro esquecido.
Segundo dados do Banco Central, atualmente há cerca de R$ 8 bilhões em valores esquecidos. Na primeira fase, R$ 4 bilhões ficaram disponíveis para devolução.
O dinheiro esquecido é proveniente de contas-correntes ou de poupanças que foram encerradas (mas que ainda tinha saldo disponível), valores cobrados indevidamente de tarifas, parcelas ou operações de crédito;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas em cooperativas de crédito; e
- Valores relacionados a consórcios encerrados que não foram sacados.
Primeira fase dos pagamentos
No dia 16 de abril deste ano, o Banco Central finalizou a última “repescagem” para os saques da primeira fase dos recursos esquecidos por brasileiros nos bancos. É importante ressaltar que a repescagem é dos valores da primeira fase do programa. Agora, na segunda fase, mais recursos estarão disponíveis.
Ainda, de acordo com dados oficiais, até o dia 24 de março, um total de 2,85 milhões de pessoas físicas e jurídicas pediram os saques de seus valores esquecidos, totalizando o valor de R$ 245,8 milhões.
Entre as pessoas físicas que pediram a devolução, 2.516.990 solicitaram transferência via PIX, totalizando R$ 205.099.139,18, enquanto 328.947 preferiram receber os dados de contato das instituições financeiras, somando R$ 34.370.940,12.
Por outro lado, entre pessoas jurídicas, 5.113 solicitaram a devolução dos valores via PIX (R$ 5.012.975,84) e 1.059 receberam dados de contato (R$ 1.326.419,82).
De acordo com informações do Banco Central, quem perdeu a data de agendar o resgate não precisa se preocupar, uma vez que não há risco em perder os valores a receber. Ainda, segundo o BC, os valores continuarão guardados pelas instituições financeiras, esperando que você solicite a devolução, quando as consultas ao SVR forem retomadas.
Dinheiro esquecido pode ultrapassar R$100 mil
A liberação da primeira fase de consultas do dinheiro esquecido entrou no noticiário de todo o país. Muita gente fez planos, acreditando que receberia um bom valor. Contudo, a frustração dominou os sentimentos da população, e os brasileiros que ganharam apenas centavos se tornaram símbolos desta ação.
Embora isso tenha frustrado a população, o BC revelou que há cerca de 37 mil cidadãos que possuem valores entre R$ 10 mil e R$ 100 mil em bancos ou instituições financeiras. Aliás, o saldo de outras 1,3 mil pessoas supera os R$ 100 mil, uma verdadeira fortuna.
Por isso, é importante que todos fiquem ligados para saber quando as consultas irão voltar. Assim, não correrão o risco de ficar sem receber o “dinheiro esquecido” nos bancos. E mesmo que o valor seja pequeno, o BC recomenda que os brasileiros o recuperem.