A cesta de consumo ficou mais barata em sete dos oito locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) em janeiro. Isso quer dizer que os brasileiros conseguiram economizar um pouco nas idas para o supermercado, ao menos no geral.
Em resumo, o levantamento revela o valor da cesta de consumo básico em oito cidades do país. Aliás, os dados fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV Ibre e foram divulgados nesta semana pela FGV.
A única variação positiva foi registrada em Fortaleza, onde os preços tiveram leve alta de 0,6%. No entanto, os demais locais fecharam o mês passado com taxas negativas, ou seja, os consumidores conseguiram encontrar valores um pouco menores que os de dezembro do ano passado.
De acordo com o levantamento, o recuo mais intenso foi registrado em Curitiba (-9,1%). Em seguida, ficaram Belo Horizonte (-6,2%), Brasília (-4,4%), Salvador (-3,2%), Manaus (-3,2%), São Paulo (-0,9%) e Rio de Janeiro (-0,1%).
Após o acréscimo destes resultados, o ranking nacional teve várias mudanças. Contudo, o primeiro lugar continuou com o Rio de Janeiro, que seguiu com a cesta de consumo básico mais cara do país.
Confira abaixo o valor da cesta em cada local pesquisado:
- Rio de Janeiro: R$ 874,53
- São Paulo: R$ 850,68
- Fortaleza: R$ 773,27
- Brasília: R$ 754,63
- Curitiba: R$ 731,32
- Salvador: R$ 722,63
- Manaus: R$ 682,64
- Belo Horizonte: R$ 669,20
Na comparação com dezembro de 2022, quatro cidades mudaram de posição. Na parte de cima, Curitiba, que tinha a terceira cesta mais cara do país em dezembro, caiu para a quinta posição, enquanto Fortaleza fez o movimento inverso e passou do quinto para o terceiro lugar.
Já na ponta de baixo da tabela, Manaus, que tinha a cesta de consumo mais barata do país em dezembro, subiu uma posição. Isso porque os preços caíram de maneira mais intensa em Belo Horizonte, fazendo a capital mineira voltar para a última posição, com a cesta mais barata do Brasil.
Veja o valor da cesta nos locais pesquisados
A pesquisa da FGV também revelou o valor da cesta de consumo ampliada nos oito locais pesquisados. Nesse caso, os preços caíram em seis cidades: Belo Horizonte (-5,4%), Salvador (-4,4%), Curitiba (-3,7%), Brasília (-3,1%), Manaus (-2,2%) e São Paulo (-0,1%).
Em contrapartida, dois locais registraram alta dos preços em janeiro: Fortaleza (+0,4%) e Rio de Janeiro (+0,1%). Aliás, vale destacar que a capital cearense foi a única cidade pesquisada cujas variações ficaram positivas no mês passado, tanto em relação à cesta de consumo básico quanto à cesta ampliada.
Após essas variações, as cestas de consumo ampliadas atingiram os seguintes valores em janeiro:
- São Paulo: R$ 1.869,56
- Rio de Janeiro: R$ 1.846,83
- Brasília: R$ 1.807,88
- Belo Horizonte: R$ 1.717,92
- Curitiba: R$ 1.704,82
- Fortaleza: R$ 1.683,16
- Salvador: R$ 1.601,20
- Manaus: R$ 1.422,38
Na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023, a única mudança que ocorreu foi entre Brasília e Rio de Janeiro, que alternaram suas posições na lista. Em suma, isso aconteceu devido à queda no valor da cesta em Brasília, enquanto os itens ficaram levemente mais caros no Rio de Janeiro.
Itens impulsionam cesta de consumo
Em janeiro, alguns itens exerceram fortes impactos no valor da cesta de consumo no país, mas quem se destacou foi o arroz. A saber, entre os 18 itens pesquisados pelo FGV Ibre, apenas o arroz ficou mais caro nas oito cidades do levantamento, com as altas oscilando entre 4,8%, no Rio de Janeiro, e 1,5%, em Brasília.
Os preços das frutas também subiram em todos os locais, exceto em Curitiba (-0,9%). Da mesma forma, a farinha de mandioca fechou o mês em alta em sete cidades, com exceção de Curitiba (-2,8%).
O feijão seguiu a mesma trajetória, ficando mais caro em quase todos os locais pesquisados. A única exceção foi Manaus, onde o preço recuou 0,9% em janeiro, na comparação com dezembro de 2022.
Por outro lado, o pão foi o alimento que mais caiu no mês passado. As quedas oscilaram entre 0,2%, em Belo Horizonte, e 18,2%, em Curitiba. Do lado das altas, o pão ficou mais caro em Fortaleza (+1,0%) e em São Paulo (+0,1%).
O leite também caiu em seis cidades, exceto em São Paulo (+1,5%) e no Rio de Janeiro (+0,1%). Isso também aconteceu com o frango, cujo preços só não caíram em Fortaleza (+0,5%) e Belo Horizonte (+0,0%), com açúcar, que subiu apenas em São Paulo (+4,9%) e Curitiba (+0,3%).
Por fim, estes recuos exerceram maior influência no valor das cestas de consumo básico, puxando os preços para baixo em janeiro.