O Governo Federal deve seguir neste mês os pagamentos de dois dos seus mais importantes programas sociais: o Auxílio Brasil e o vale-gás nacional. Os repasses, como já se sabe, devem acontecer nas mesmas datas. Os dois projetos usarão o mesmo calendário e deverão compartilhar também o mesmo público.
Esse vem sendo um motivo de muita polêmica e de críticas também. Por causa de um decreto baixado pelo Governo Federal, os usuários do Auxílio Brasil terão preferência no recebimento do vale-gás nacional. Assim, quem não está dentro de um programa vai ter muita dificuldade de conseguir entrar no outro.
Nas redes sociais, muita gente acredita que essa seria uma situação injusta porque se entende que os usuários do Auxílio Brasil já estão recebendo, no mínimo, R$ 400 por mês. Ao mesmo tempo, quem não conseguiu entrar no programa, vai muito provavelmente seguir sem nada. E nem mesmo o Vale-gás nacional.
De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, os repasses do vale-gás nacional começaram ainda no último mês de dezembro. Mas naquela ocasião apenas as pessoas que vivem em regiões afetadas pelas fortes chuvas na Bahia e em Minas Gerais é que tiveram o direito de pegar esse benefício.
O Ministério afirma que os outros 5,4 milhões de usuários do programa deverão receber a primeira parcela de forma retroativa neste mês de janeiro mesmo. Em comum: todos eles deverão ser usuários do Auxílio Brasil também. Quem estiver de fora, não vai conseguir entrar no vale-gás nacional. Pelo menos é o que se sabe.
O Governo Federal argumenta que a ideia de pagar o vale-gás apenas para quem é do Auxílio Brasil tem o objetivo de facilitar as coisas. Isso porque ao fazer isso, eles não precisariam criar um novo calendário de recebimentos.
No argumento do Palácio do Planalto, eles dizem que é preciso pegar uma estrutura de pagamentos que já está pronto para evitar uma nova burocracia. E essa plataforma pronta seria a do Auxílio Brasil.
Sim. O número de usuários do vale-gás nacional deve subir gradativamente pelos próximos meses. Pelo menos é isso o que o Governo Federal está dizendo. Mas a questão é que ele deve crescer dentro do Auxílio Brasil.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o plano do Governo é inserir mais gente que já faça parte do Auxílio Brasil até que todo mundo que receba um programa receba o outro também. Não deverão existir projetos para quem está de fora.
Em entrevista recente, o Ministro da Cidadania, João Roma, disse que está de olho na situação. De acordo com o ele, com o fim do Auxílio Emergencial, mais de 20 milhões de famílias passariam a ficar sem nenhum apoio.
Roma prometeu na ocasião que iria ajudar essas pessoas de alguma forma. Quase três meses desde o último pagamento do Auxílio Emergencial já se passaram. Até agora, o Governo não apresentou nada para esse público.