Desde que voltou ao poder, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem colocado o Bolsa Família como o programa central do seu terceiro mandato. Dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome indicam que pouco mais de 21 milhões de pessoas estão aptas ao recebimento do benefício.
Mas o fato é que o sentimento das pessoas sobre o programa ainda é conflitante. De um lado, alguns usuários acreditam que o programa é extremamente positivo. Entre outros pontos, eles lembram que o valor médio de pagamentos do benefício aumentou com a volta de Lula.
Por outro lado, uma segunda parcela de usuários do programa acredita que o presidente está errando ao comandar um pente-fino nas contas dos cidadãos que fazem parte do projeto. Dados oficiais apontam que mais de 2 milhões de pessoas já foram excluídas do Bolsa Família desde o retorno de Lula ao poder.
Os números da pesquisa
Para tentar descobrir como anda a aprovação do presidente entre os usuários do Bolsa Família, a pesquisa PoderData realizou um novo levantamento entre os dias 27 e 29 de janeiro deste ano, e perguntou aos usuários como eles avaliam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste momento.
Os números mostram que o petista ainda goza de uma alta popularidade entre estes usuários. Mesmo depois de uma sequência de cortes, Lula conta com o apoio de 58% desta parcela do eleitorado. Trata-se, portanto, de um recorde desde que ele voltou ao poder no início do ano passado.
Do outro lado da história, 33% dos usuários do Bolsa Família desaprovam a gestão do petista. É o menor percentual registrado por esta mesma pesquisa desde que o presidente voltou ao poder. O levantamento mostrou ainda que 9% dos usuários não souberam responder.
Segundo o PoderData, a margem de erro da pesquisa é de 6,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Bolsa Família no plano de orçamento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou recentemente o plano de orçamento do governo federal para o ano de 2024. Entre outros pontos, o texto indica qual é o planejamento de gastos do poder executivo para programas sociais como o Bolsa Família, por exemplo.
Assim como já era esperado, ficou definido que o governo federal vai gastar em 2024, o mesmo que gastou em 2023 com o Bolsa Família. Na prática, isso significa que o programa terá o mesmo tamanho que foi registrado no ano passado. O benefício seguirá atendendo pouco mais de 21 milhões de pessoas, a uma média de R$ 680 por mês.
Mas é preciso lembrar que ao não elevar o valor do Bolsa Família, os usuários certamente terão uma perda no poder de compra. Isso acontece porque a inflação subiu no ano passado, ou seja, os cidadãos terão que consumir uma parcela maior do programa para fazer uma feira, por exemplo.
Bolsa Família de janeiro
Dados oficiais divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social apontam que pouco mais de 21 milhões de pessoas estão aptas aos pagamentos do Bolsa Família neste mês de janeiro. Em média, cada uma delas está recebendo um patamar de R$ 685 por família.
Os benefícios internos pagos no Bolsa Família para este mês de janeiro são:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família;
- Benefício Complementar (BCO): valor adicional para garantir um total mínimo de R$ 600 por família;
- Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de 0 a 7 anos;
- Benefício Variável Familiar (BVF): acréscimo de R$ 50 para gestantes e crianças de 7 a 18 anos;
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 por membro da família com até sete meses de idade (nutriz);
- Benefício Extraordinário de Transição (BET): pago em casos específicos para garantir valores anteriores ao programa Auxílio Brasil até maio de 2025.