Aproximadamente 33 milhões de brasileiros, mais os 14 milhões de beneficiários do programa Bolsa Família, foram selecionados através de um cruzamento de bancos de dados, que foi utilizado como funil para determinar os contemplados da nova rodada do auxílio emergencial. O trabalho deu-se nos últimos 11 meses.
O primeiro benefício, que começou a ser pago em abril do ano passado chegou a mais de 65 milhões de pessoas. Porém, com a prorrogação que se iniciou em setembro e com a distribuição do valor pela metade, o auxílio atendeu 57 milhões de cidadãos.
Foi utilizada uma plataforma desenvolvida pelas secretarias de Governo Digital e de Previdência e Trabalho para o cruzamento de 11 bases de dado. O novo método também será utilizado para futuros programas de distribuição de renda e de emprego.
Entre as 11 bases utilizadas estão o INSS, MEI, CNIS e Caged. Com apenas o uso do CPF do cidadão é possível discernir se é servidor público, militar, aposentado, pensionista, empresário e quem são seus herdeiros/dependentes no Imposto de Renda.
Custeio do novo programa do auxílio emergencial
O valor estimado pelos pagamentos das parcelas a cada mês chegava a R$ 30 bilhões. Aproximadamente, o mesmo valor que custeava o programa do Bolsa Família anualmente.
Nos primeiros pagamentos o valor médio do benefício foi de quase R$ 900. Neste cenário, mães solteiras recebiam parcelas duplicadas de R$ 1.200. O orçamento do programa no ano de 2020 chegou a quase R$ 300 bilhões.
Conversas de bastidores no Ministério da Economia e do Ministério da Cidadania afirmam que o novo banco de dados deve ser usado para garantir a eficiência na seleção do Bolsa Família e para ampliar programas de empregos.
Ainda não há confirmação do valor das parcelas da nova rodada do auxílio, e nem a quantidade delas. Mas, estima-se que serão três a quatro parcelas de R$ 250 e R$200, com início de pagamento em março.