O Rio Grande do Sul enfrenta um novo episódio iminente de precipitação excessiva que poderá exacerbar os já graves impactos das recentes inundações e deslizamentos de terra que assolam o estado. De acordo com as projeções meteorológicas, da metsul, volumes significativos de chuva, variando entre 100 mm e 200 mm, são esperados entre os dias 10 e 14 de maio, concentrados principalmente na região serrana do Norte e Nordeste gaúcho.
Esse novo evento pluviométrico extremo ocorrerá em um momento particularmente crítico, quando várias áreas ainda estão lidando com as consequências devastadoras das chuvas torrenciais do final de abril e início de maio. Naquele período, algumas cidades registraram precipitações impressionantes, variando entre 500 mm e 700 mm, resultando em inundações severas e deslizamentos de encostas.
Um aspecto preocupante desse próximo episódio é sua duração prolongada, com a instabilidade atmosférica persistindo por vários dias consecutivos. Essa persistência contribuirá para os altos volumes de precipitação e aumentará o risco de momentos de chuva intensa.
De acordo com as previsões, uma frente fria associada a um ciclone extratropical na costa da Argentina avançará pelo estado na quarta-feira, trazendo chuva. Antes disso, ventos quentes e secos de norte atingirão diversas cidades. Na quinta-feira, o tempo melhora temporariamente na maioria das regiões com a entrada de ar frio e ventos de sul, embora esses ventos possam elevar o nível do Guaíba na Lagoa dos Patos.
O novo evento de chuva excessiva é extremamente preocupante, pois ocorrerá em um momento em que o estado ainda se encontra em condição crítica devido às enchentes anteriores. A precipitação intensa atingirá as cabeceiras de vários rios, como Taquari, Caí, Jacuí, Sinos, Paranhana e Gravataí, cujas águas desembocam no Guaíba. Isso prolongará ainda mais a enchente na capital, Porto Alegre, e trará o risco de novos picos de cheia nos vales fluviais, embora os níveis projetados não atinjam cotas tão altas quanto as observadas recentemente.
Além disso, a chuva poderá gerar alagamentos adicionais e agravar os já existentes. Com a rede pluvial tomada pelas águas da enchente, a água das chuvas não será absorvida adequadamente pela macrodrenagem, resultando em acúmulos e alagamentos.
Os impactos desse novo evento de chuva intensa podem ser significativos, com elevadíssima probabilidade de mais deslizamentos de terra e quedas de barreiras em rodovias. As áreas já afetadas por inundações e deslizamentos anteriores estarão particularmente vulneráveis.
É fundamental que a população siga atentamente as orientações das autoridades locais e esteja preparada para possíveis evacuações ou outras medidas de segurança. Além disso, é recomendado evitar áreas de risco, como encostas instáveis e regiões propensas a alagamentos.
Na última entrevista, do governador do Estado, foi informado que número de mortes já subiu para 95. Governador Eduardo Leite frisou sobre a importância da União Política, enfatizando necessidade de ajuda por parte do Governo Federal.
Enquanto lidam com essa nova ameaça, é essencial que os esforços de assistência às vítimas das enchentes anteriores e a reconstrução das áreas afetadas continuem sendo uma prioridade. A solidariedade e o apoio mútuo serão fundamentais para superar essa situação desafiadora.