Apesar das disposições legais que estabelecem que o rol de procedimentos dos planos de saúde não é definitivo para determinar as coberturas oferecidas aos clientes. Assim, muitas empresas continuam a recusar a prestação de certos tratamentos médicos.
Essa postura vai de encontro ao que está estipulado na lei e tem prejudicado inúmeros beneficiários de planos de saúde em todo o país.
Ademais, esses casos têm ganhado destaque, especialmente após a entrada em vigor, em setembro do ano passado, da nova legislação relativa ao Rol de Procedimentos.
De acordo com essa nova lei, a listagem de medicamentos, tratamentos e coberturas acordada pelos clientes no momento da contratação de seus planos de saúde não é considerada como uma lista definitiva e restritiva, mas sim como uma mera exemplificação.
Isso significa que, caso um paciente consiga comprovar a necessidade de um tratamento que não esteja originalmente incluído em sua lista de cobertura, as empresas prestadoras desses serviços são obrigados a fornecer o suporte necessário.
É importante destacar que essa regulamentação visa assegurar que os pacientes tenham acesso aos cuidados de saúde de que precisam, independentemente da lista inicial de procedimentos acordada.
Entretanto, muitos casos têm demonstrado que algumas empresas ainda resistem em cumprir integralmente essa legislação. Logo, a situação levanta preocupações sobre o cumprimento das normas vigentes no setor de planos de saúde.
Para saber mais detalhes sobre essa questão e como ela está afetando os clientes desse serviço em todo o país, convidamos você a ler o artigo completo que elaboramos sobre o assunto. Portanto, nos acompanhe nessa leitura.
Falta de cobertura dos planos de saúde
Como mencionamos anteriormente, a ausência de cobertura dos planos de saúde para certos tratamentos médicos tem despertado preocupações entre os clientes, especialmente quando se trata de doenças graves que requerem intervenção imediata, como o câncer.
De acordo com estudos recentes, alguns medicamentos em particular têm se destacado como os mais frequentemente negados pelas seguradoras de saúde. A seguir, apresentamos uma lista desses medicamentos:
- Olaparibe;
- Nivolumabe;
- Ibrutinibe;
- Rituximabe;
- Pembrolizumabe;
- Bendamustina;
- Cloreto de Rádio 223.
Dessa forma, para obter acesso a esses tratamentos, muitos clientes têm se visto obrigados a recorrer ao sistema judiciário.
Contudo, essa medida não seria necessária se as empresas de planos de saúde levassem em consideração que o rol de procedimentos e coberturas não é uma lista estritamente taxativa.
A inclusão de tratamentos e medicamentos mais avançados e específicos nas coberturas oferecidas pelos planos de saúde é crucial para garantir o acesso adequado e oportuno à saúde. Isso especialmente para aqueles que enfrentam condições médicas graves e complexas.
A conscientização sobre a necessidade de uma maior flexibilidade nas políticas de cobertura pode desempenhar um papel fundamental na melhoria do sistema de saúde como um todo, proporcionando alívio para os pacientes e reduzindo a necessidade de recursos legais para garantir o acesso aos cuidados necessários.
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O que as empresas estão alegando para justificar as negativas?
Os planos de saúde têm se baseado principalmente na alegação de que certos medicamentos estão sendo usados para finalidades não mencionadas em suas bulas, justificando assim a recusa em cobri-los.
Todavia, especialistas argumentam que, embora esses usos não estejam explicitamente listados nas informações que acompanham os medicamentos, muitos deles têm eficácia cientificamente comprovada no tratamento de outras condições médicas.
Como resultado, médicos continuam a prescrever esses medicamentos para atender às necessidades de seus pacientes.
Essa controvérsia persistente tem levado a uma série de batalhas legais entre os clientes e as seguradoras de saúde nos tribunais brasileiros.
Advogados que se especializam no campo do direito à saúde argumentam que as empresas de planos de saúde não estão cumprindo adequadamente as disposições legais. Com isso, tem prejudicado o sucesso dos tratamentos médicos.
Além disso, a questão dos altos custos dos medicamentos torna essa disputa ainda mais crucial. Afinal, os pacientes muitas vezes não podem arcar com essas despesas sozinhos.
Como resultado, a busca por recursos legais continua sendo uma realidade para muitos brasileiros que buscam garantir o acesso a tratamentos médicos necessários para sua saúde e bem-estar.