Os impactos das ondas de calor que assolam o país nos últimos dias não se limitam apenas ao desconforto físico; eles também se estendem às finanças pessoais.
Especialistas em economia alertam que as temperaturas elevadas terão repercussões na inflação, contribuindo para aumentar ainda mais o custo de vida.
Isso porque o impacto nos índices inflacionários, está desencadeando um efeito dominó que se reflete nos preços dos produtos e serviços. O calor extremo não apenas afeta a saúde e o bem-estar da população, mas também impacta negativamente diversos setores da economia.
Os alertas emitidos pelos meteorologistas e pela defesa civil sublinham a gravidade das altas temperaturas que estão sendo registradas em várias regiões do país.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as previsões indicam quinta-feira (16) poderia ter sido o dia com o recorde de calor do ano. Afinal, as temperaturas máximas variaram entre 36°C e 42°C, dependendo da localidade.
A relação entre as condições climáticas extremas e a economia é evidente, uma vez que setores como agricultura, energia e abastecimento de água são diretamente afetados.
O aumento da demanda por refrigeração e energia elétrica, por exemplo, contribui para pressionar os custos, refletindo-se nos preços ao consumidor.
Para entender mais sobre os desdobramentos dessa situação e como ela pode impactar as finanças pessoais, confira o texto que elaboramos abaixo.
Fique informado sobre as medidas preventivas e adaptações que podem ser adotadas para mitigar os efeitos dessas ondas de calor não apenas no corpo, mas também no bolso.
Você pode se interessar em ler também:
Entenda melhor sobre como as ondas de calor estão afetando a economia do Brasil
O impacto das ondas de calor na economia já se faz evidente conforme os dados mais recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes a outubro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa tendência crescente de temperaturas elevadas está deixando sua marca, afetando diretamente os preços de diversos setores, como alimentos e eletrodomésticos, como ar-condicionado e ventiladores.
Os números revelam um aumento expressivo nos custos dos aparelhos de ar condicionado, atingindo um crescimento de 6,09%, o maior índice desde outubro de 2010.
Os ventiladores também não escaparam desse cenário, registrando um aumento de 0,20% em seu valor.
Além disso, os alimentos não ficaram imunes a essa influência, refletindo as dificuldades no transporte, especialmente quando realizado por meio de barcos.
Esta situação tem impactado diretamente na produção e distribuição de verduras, legumes e grãos, elevando os preços desses itens no mercado.
Os especialistas em economia advertem que esse fenômeno não se limita apenas aos produtos de consumo, mas se estende à conta de energia elétrica, que pode experimentar um aumento significativo.
Isso se deve à redução das reservas de água, resultado da escassez de chuvas associada às ondas de calor.
Com as reservas em níveis mais baixos, a geração de energia hidrelétrica pode ser comprometida, levando a um aumento nos custos. Consequentemente, reflete na conta de luz para os consumidores.
Assim, as ondas de calor não apenas impactam diretamente os hábitos de consumo, mas também têm implicações profundas na infraestrutura e nos custos que reverberam em vários setores da economia.
O impacto nas despesas com energia elétrica: veja como economizar
para os reflexos das ondas de calor nas contas de luz, decorrentes do aumento expressivo no consumo de energia registrado recentemente.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reportou um recorde na demanda por energia, alcançando a marca de 101.475 megawatts, representando um crescimento significativo de 16,8% em relação ao início de novembro.
Esse aumento na demanda de energia pode ser atribuído a alguns fatores. Como por exemplo:
- O uso intensificado de aparelhos como ar-condicionado;
- Aumento no tempo de utilização de ventiladores;
- Necessidade de maior refrigeração de geladeiras;
- Entre outros fatores.
Dicas para economizar energia elétrica durante as ondas de calor:
- Aproveite a luz natural: Abra as janelas, puxe as cortinas e evite deixar as luzes acesas durante o dia;
- Aproveite o calor do sol: Opte por estender as roupas no varal em vez de utilizar a máquina de lavar na função de secagem, economizando assim energia elétrica;
- Tome banhos frios: Reduza o consumo de energia do chuveiro optando por banhos mais frios, contribuindo para uma maior economia;
- Use ar-condicionado em ambientes fechados: Quando o ar-condicionado é utilizado em ambientes abertos, ele precisa trabalhar mais intensamente para emitir ar gelado, resultando em um maior consumo de energia;
- Ao adotar práticas simples e conscientes, é possível minimizar o impacto das ondas de calor nas despesas com energia elétrica, promovendo a sustentabilidade e contribuindo para a preservação dos recursos naturais.