O auxílio emergencial, de R$ 600 e de R$ 300, deve ser pago até o fim deste ano. Após dezembro de 2020, a intenção do governo é colocar em prática um novo programa, substituindo o auxílio. A expectativa é que o Renda Cidadã seja criado até lá.
O Renda Cidadã deve substituir o Bolsa Família e ser uma espécie de continuação do auxílio. Mas o governo está com dificuldade para encontrar uma forma de financiamento do novo programa. Após falar publicamente sobre o Renda Cidadã pela primeira vez e cogitar formas de financiamento, o mercado não reagiu bem e o governo recuou.
Com o fim do ano chegando, o governo tem cada vez menos tempo para tirar o novo programa do papel e aumentam as especulações sobre uma possível nova prorrogação do auxílio emergencial. Paulo Guedes, ministro da Economia, já afirmou que não haverá nova prorrogação e que o auxílio acaba definitivamente em dezembro. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já afirmou diversas vezes que o auxílio não será para sempre.
De acordo com Lauro Jardim, do jornal O Globo, o presidente deu aviso para Guedes sobre o substituto do auxílio emergencial. Segundo o colunista, o presidente afirmou que o substituto, que deve começar a valer em janeiro de 2021, não pode ter valor menor que R$ 300 por mês, atual valor do auxílio emergencial residual.
Lançamento do programa
A versão final do programa Renda Cidadã pode ser apresentada somente depois das eleições municipais, conforme informou o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da proposta.
“Tudo pode acontecer depois das eleições”, disse à Reuters uma fonte envolvida nas negociações.
O novo programa tem sido um dos atuais pontos de conflito entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Congresso. Após avalizar, o ministro negou que tenha concordado com a recente forma de financiamento do programa, que previa usar recursos do Fundeb e de precatórios.