Com uma vasta história monetária, o Brasil conta com milhares de peças raras espalhadas por todas as regiões do país. De acordo com numismatas, qualquer pessoa pode encontrar alguma delas a qualquer momento. E quem encontrar, pode garantir um bom dinheiro no final das contas.
Neste artigo específico, vamos falar sobre três moedas antigas que podem ser consideradas raras, e que estão sendo muito procuradas por colecionadores de todo o país. São elas:
Nenhuma das peças citadas neste artigo possui valor monetário, ou seja, você não vai encontrar o exemplar em um trocado no comércio, por exemplo. Mas estas peças possuem valor histórico, e esse é o grande atrativo para os colecionadores.
Abaixo, você pode conferir uma lista com as principais características das moedas de 1000 réis do ano de 1922, com base nas informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Agora, vamos indicar os valores projetados para as moedas de 1000 réis do ano de 1922 segundo os catálogos numismáticos mais atualizados.
Os valores projetados, aliás, variam de acordo com o grau de conservação de cada um dos exemplares. Veja nos quadros abaixo:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO | CERTIFICADA |
R$ 5,00 | R$ 35,00 | R$ 90,00 | R$ 350,00 |
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO | CERTIFICADA |
R$ 100,00 | R$ 250,00 | R$ 500,00 |
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO | CERTIFICADA |
R$ 25,00 | R$ 45,00 | R$ 100,00 | R$ 400,00 |
Para os iniciantes, as inscrições acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.