O secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Bruno Bianco, revelou que o governo estuda lançar programas que incentivem a contratação de empresas de mulheres e jovens. As declarações foram dadas nesta sexta-feira (18).
“Mas não punindo quem não contrata, criando cotas, e sim estimulando quem contrata. As mulheres são absolutamente competentes, muitas das vezes mais do que os homens”, explicou ele por meio de vídeo conferência.
Ele também citou o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e o Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ), que pretende oferecer um valor de bolsa para que o jovem estude e tenha qualificação profissional. O valor é menos da metade do salário-mínimo.
“Estamos pensando em políticas ativas para o jovem que não tem estudo ou trabalho. Com o BIP e com BIQ, vamos fazer com que os jovens possam se qualificar na empresa para que a teoria seja exatamente aliada a prática. E não um curso que não tem nada a ver com o que ele está fazendo dentro da empresa”, explicou.
A medida, no entanto, já foi criticada por especialista que a classificou como superficial e ineficaz. Descubra porque aqui.
A ideia é atingir os jovens nem nem, ou seja, aqueles que nem trabalham e nem estudam. Para se ter uma ideia, no último trimestre de 2020, 25,5% dos jovens de 15 a 29 anos foram considerados “nem-nem”.
Bianco acredita que o programa possa também ser uma “subida de escada” do emprego informal, para o emprego formal para milhares de jovens.
Ministério da Economia vai anunciar nova revisão de normas de saúde e segurança no trabalho
Bianco também anunciou que deve anunciar em breve a “transformarão” de revisão de normas de saúde e segurança no trabalho. Serão cerca de 2 mil atos normativos editados, para cerca de 15, adiantou.
“Nos próximos dias, anunciaremos uma revisão de dois mil atos normativos, que se transformarão em 15. E não é só uma compilação, é uma ‘lipoaspiração’, entre aspas, uma modernização, uma desburocratização. Nosso programa permanente de simplificação trabalhista e, assim, vamos mudando o ambiente de trabalho”, explicou.
Ele também apontou três problemas para contratação no Brasil: , a burocracia, o custo de contratação e a insegurança jurídica.
“Sem redução de custo, esse cara não acessa o mundo formal. Sem segurança jurídica, empregador não contrata. E com burocracia, o custo também se eleva. Um cipoal de regras que gera dor de cabeça. O Brasil perde muito com isso”