Teste com hidroxicloroquina na Itália dá resultado positivo - Notícias Concursos

Teste com hidroxicloroquina na Itália dá resultado positivo

Em outros países, inclusive no Brasil, a cloroquina e a hidroxicloroquina têm sido testadas em pacientes em estado grave.

Nesta segunda-feira (30) o imunologista italiano Roberto Burioni anunciou que testes feitos em laboratório com um antigo remédio usado contra a malária apresentaram resultados positivos na prevenção contra o novo coronavírus.

De acordo com um artigo publicado no site Medical Facts, o experimento foi conduzido no Hospital San Raffaele, em Milão, com o Plaquenil, nome comercial de um medicamento à base de hidroxicloroquina. No texto, o imunologista explica que em 2005 foi feito uma pesquisa por pesquisadores americanos, onde descobriram que o Plaquenil produzia uma “forte atividade antiviral” contra o coronavírus responsável pela síndrome respiratória aguda grave (Sars), que é bastante semelhante ao Sars-CoV-2.

“A eficácia desta terapia ainda não está clara, bem como os mecanismos por meio dos quais o Plaquenil afeta a replicação viral. Como fazer testes em humanos é mais complicado, muitos pesquisadores pensaram em estudar o efeito do Plaquenil sobre o novo coronavírus em laboratório, inclusive nós”, diz o imunologista.

Na pesquisa, a equipe do Hospital San Raffaele fez o vírus se replicar em laboratório e administrou o remédio em três condições diferentes: depois da infecção das células; antes do contágio; e antes e depois da ação do vírus. Segundo Burioni, o resultado positivo apareceu na terceira hipótese.

Em outros países, inclusive no Brasil, a cloroquina e a hidroxicloroquina têm sido testadas em pacientes em estado grave. No entanto, Burioni, finaliza o texto fazendo um alerta: “Não corram para comprar o Plaquenil e não o tomem de qualquer jeito. Se, por um lado, a eficácia ainda não é certa, os efeitos colaterais do remédio são possíveis”, disse.

Brasil chega a 141 mortos por causa do Coronavírus; são 4.362 casos confirmados

Até as 11h45 desta segunda-feira, 309 de março, as secretarias estaduais de Saúde divulgaram 4.362 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal. Segundo dados oficiais, são 141 mortos, sendo 98 deles em São Paulo, de acordo com a secretaria de Saúde do estado.

Em São Paulo, são novas duas mortes confirmadas, sendo uma por um hospital e outra por uma universidade, somando 98 no total. Os casos ainda não foram contabilizados pela secretaria. No Rio de Janeiro, foram mais 42 casos confirmados e mais quatro mortes. O Estado já tem 17 mortes e 600 casos.

Na Bahia, na manhã de domingo, 29 de março, a primeira morte por coronavírus no Estado foi confirmada. Trata-se de um paciente de 74 anos que fazia diálise e estava em um hospital particular. São 156 casos confirmados no Estado.

Na tarde do último domingo, o Ministério da Saúde atualizou os números informando que o Brasil tem um total de 4.256 casos confirmados de coronavírus e 136 mortes.

O avanço da doença está em ritmo acelerado, já que foram 25 dias desde o primeiro contágio confirmado até os primeiros 1.000 casos (de 26 de fevereiro a 21 de março). No entanto, os outros 2.000 casos foram confirmados em apenas seis dias (de 21 a 27 de março).

Segundo o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, governo federal não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão do vírus já é comunitária.

“Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nenhum sentido mostrar os casos suspeitos”, afirmou Gabbardo.

Os testes serão feitos em casos leves. “Estamos adquirindo um volume de testes significativo para que na próxima semana, daqui a 8 dias, tenhamos 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil, para iniciarmos a realização (de testes) em casos leves”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. “Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil.”

Até então, somente pacientes com sintomas graves eram testados. Foram distribuídos, até agora, 27 mil testes para todo o Brasil, mas não há informação sobre o número de testes realizados.

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