Nesta quarta-feira, 15 de maio, o Tesouro Direto paga 122 mil investidores de pessoas físicas, maior vencimento de títulos públicos da história do programa, cujo lançamento aconteceu em 2002 pelo governo federal. Ao todo, serão transferidos cerca de R$9 bilhões.
Lançados em 2013, os títulos são de vencimentos de Notas do Tesouro Nacional série B, hoje conhecidas como “Tesouro IPCA+”. Os investidores são remunerados com os títulos com uma taxa de juros reais prefixada. Sendo assim, é feita a recomposição da inflação calculada pelo IPCA, acrescida de um adicional pré-determinado na hora da compra do título.
De acordo com informações do Tesouro Nacional, no período de 6 anos (entre 2013 e 2019) os títulos tiveram uma rentabilidade bruta de 64%. Entre maio/2013 e maio/2019, a inflação foi ao redor de 6% ao ano, totalizando 41%.
De acordo com o responsável pela área de renda fixa da assessoria de investimentos Monte Bravo, “quem comprou esses títulos se deu muito bem. Na época do lançamento, em 2013, como a Selic estava baixa, em 7,25%, pagavam em torno de IPCA mais 3%. No final de 2015, quando a Selic foi a 14%, esses títulos chegaram a pagar quase o IPCA mais 6%. Foi, sem dúvida, uma bela alternativa de aplicação”, afirma.
Investidores
O Tesouro informou que a maior parte dos investidores, 52.271, sacará até R$10 mil reais. Apenas 905 pessoas vão resgatar valores acima de R$1 milhão. Outras características, são: 69% são homens; 57% têm entre 26 e 45 anos, e maior parte (62%) são dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Os títulos
Os títulos públicos são os ativos de menor risco da economia, pois são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional, ou seja, o Governo Federal garante o seu pagamento.
Vale ressaltar que uma vez adquiridos os títulos públicos, eles são registrados sob titularidade do comprador no ambiente seguro da Bolsa de Valores.
“Isso reforça a segurança do Programa, pois permite ao investidor mudar de instituição financeira, na eventualidade de problemas com o seu agente intermediário original, sem colocar em risco a sua aplicação. Além de ser a alternativa de investimento com menor risco do mercado, o Tesouro Direto oferece mecanismos para que você possa acompanhar os seus investimentos com facilidade, ampliando sua segurança. Além de disponibilizar informações sobre suas aplicações no seu extrato, na área exclusiva do investidor, toda movimentação do seu investimento pode ser consultada por meio do Canal Eletrônico do Investidor (CEI), serviço via internet prestado pela Bolsa de Valores”, diz o Tesouro.
Ganhos
O rendimento da aplicação em títulos públicos é bastante competitivo se comparado com as outras aplicações financeiras de renda fixa existentes no mercado. No Tesouro, o investidor pode obter os mesmos ganhos que um grande banco ou um fundo de pensão, por exemplo. Ainda, as taxas de administração e de custódia são baixas e o Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda, pagamento de cupom de juros ou vencimento do título. Dessa forma, ao combinar alta rentabilidade bruta e baixo custo, seu investimento apresentará uma maior rentabilidade final.
Custos
São duas as taxas cobradas no Tesouro Direto:
– taxa de custódia da Bovespa de 0,3% ao ano, referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos;
– taxa das instituições financeiras que varia de 0% a 2% ao ano, independente do valor do seu investimento. No final desta página, você poderá consultar a lista das instituições habilitadas e a taxa que elas cobram. Também no final desta página, você poderá entender melhor as taxas cobradas no Tesouro Direto.