A candidata à presidência Simone Tebet (MDB) voltou a falar nesta segunda-feira (19), sobre a sua proposta de auxílio para estudantes. Ela confirmou a ideia de pagar R$ 5 mil para os alunos que conseguirem concluir o ensino médio. Em sabatina para o jornal O Estado de São Paulo, Tebet afirmou que a medida não terá nenhum tipo de condicionante.
“Eu baseei esta proposta em uma experiência exitosa que aconteceu quando vocês não eram nem nascidos”, disse a candidata. “Quando Ruth Cardoso e Fernando Henrique tiveram a brilhante ideia de pagar a mãe para colocar os filhos no ensino fundamental e nas creches. Mãe, você não sabe a importância da educação, mas nós sabemos”, seguiu ela.
“Nós vamos pagar para que você coloque as suas crianças na escola. Qual foi o resultado disso? Praticamente 100% das nossas crianças, 96%, 98% das nossas crianças estão matriculadas no ensino fundamental. Da mesma forma que isso aconteceu no passado, nós queremos agora para os jovens do ensino médio”, disse a candidata.
“Eles (os jovens) chegam no fundamental II e eles param de estudar. Então nós vamos pagar para esse jovem estudar. Não tem condicionante. Não tem razão de ser, a não ser fazer com que esses jovens saiam das ruas, não se envolvam com a marginalidade, e que eles tenham perspectiva de vida através da educação”, completou a senadora.
Esta não é a primeira vez que Tebet fala sobre o assunto, mas é a primeira vez que ela detalha a proposta em uma entrevista. No plano de governo enviado pela emedebista ao Congresso Nacional, a indicação geral diz apenas que pretende pagar uma bolsa para os estudantes que concluírem o ensino médio, mas não dá detalhes sobre as liberações.
Recentemente, Simone Tebet também deu a sua opinião sobre a situação do Auxílio Brasil. Em agosto, o Governo Federal enviou ao Congresso Nacional uma proposta de orçamento que prevê uma queda no valor do programa de R$ 600 para R$ 405.
“Os R$ 600 estão aí e ninguém vai tirar. Seria desumano. Há dinheiro para isso, ainda que, no ano que vem, excepcionalmente, a gente tenha, como vai ser feito, que criar um crédito extraordinário para isso. Vai ser votado neste ano, então está resolvido o problema”, disse ela, quando perguntada sobre o assunto.
“É preciso devolver esse sistema para quem sabe fazer gestão, para quem sabe cuidar das pessoas, que são os municípios”, completou a emedebista. Na avaliação da candidata, hoje a gestão do Cadúnico estaria muito mais nas mãos do Governo Federal, o que poderia dificultar a captação de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Tebet não é a única candidata que promete manter o Auxílio Brasil na casa dos R$ 600, além de criar novos programas sociais em 2023. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), revelou que poderá pagar um adicional de R$ 200 para os usuários que conseguirem um emprego.
O ex-presidente Lula (PT) afirmou que além de manter o Auxílio Brasil na casa dos R$ 600, poderá pagar um adicional de R$ 150 por cada criança menor de seis anos que reside em cada casa registrada no Cadúnico.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), disse que vai pagar uma espécie de renda básica universal de R$ 1 mil por família já a partir de 2023. Ele disse que poderá realizar os pagamentos turbinados depois de cobrar uma taxa que ele chamou de “super ricos”.