Economia

Taxa de desemprego registra queda ao fim do terceiro trimestre de 2021

De acordo com dados recolhidos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).No terceiro trimestre deste ano a taxa de desemprego atingiu o menor percentual desde o início da pandemia da Covid-19

O percentual atingido foi de 12,6%, o que significa queda de 1,6 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior. A taxa de desemprego no país recuou 9,3% e, com isso, chegou a um montante de 13,5 milhões de pessoas em busca de algum trabalho.  Em contrapartida, o número de pessoas empregadas obteve um crescimento de 4%, alcançando 93 milhões de pessoas. 

 “No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, explicou a  coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. 

Vale ressaltar que a população desocupada engloba aqueles que estão momentaneamente desempregados e aqueles que não estão buscando emprego.  Com o crescimento no número de empregados, o nível da ocupação, que é o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão no mercado de trabalho, subiu para 54,1%, enquanto no trimestre anterior tinha sido de 52,1%.

Desemprego no Brasil regrediu em comparação ao primeiro trimestre

Apesar de dados divulgados hoje mostrarem que a taxa de desemprego no Brasil recuou ligeiramente no terceiro trimestre de 2021, ainda é fato que o país atravessa um momento econômico complicado e consequentemente com uma considerável taxa de desemprego.

Apesar disso, a atual situação já demonstra uma melhora em relação a pesquisa feitas pela Pnad Contínua no mês de maio, divulgada pelo IBGE, já que o Brasil registrava mais de 14,761 milhões de trabalhadores desocupados, conforme a economia ainda busca engatar uma recuperação dos danos causados principalmente pela pandemia da Covid-19.

Na análise, que observa o trimestre de fevereiro a abril de 2021, o índice de desemprego é o maior desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Comparado ao do trimestre anterior (de novembro a janeiro), o número de pessoas sem emprego teve um aumento de 3,4%.

O total da população desocupada, no trimestre de fevereiro até abril, ficou em 48,5%, e se mantém abaixo dos 50% desde o trimestre divulgado em maio do ano passado, indicando que menos da metade da população apta ao trabalho tinha emprego no Brasil. 

A queda na taxa de desocupação do país se estendeu a todas as regiões do país

Taxa de desemprego apresentou queda em todo Brasil. No Sudeste, que é a região com o maior número de desempregados (6,3 milhões), a taxa passou de 14,6% no segundo trimestre para 13,1%. No Nordeste, a região mais afetada pelo desemprego, se considerado a proporção de desempregados em relação ao total da população da região, a taxa desceu de 18,3% para 16,4%. 

Ainda assim, a região Nordeste permanece tendo a maior taxa de desocupação do país.

Essa queda na taxa de desemprego no nível nacional também está sendo observada regionalmente em vários estados. Isso indica que há um processo de recuperação de trabalho que ocorre de maneira disseminada no país”, disse a coordenadora, Adriana Beringuy.