Brasileiro cria sistema de ensino inclusivo para jovens com TDAH

Aprender o segundo idioma é um grande passo para qualquer idade, principalmente para os jovens que almejam ser grandes profissionais no futuro. Porém, ainda não existe um plano de ensino bilíngue eficaz para aqueles que têm TDAH.

Gabriel Frozi comenta que se despertou pela ideia “os jovens com esse transtorno possuem um enorme potencial, mas ninguém acredita e confia neles para, assim investir; então eu precisei dar o primeiro passo”.

O CEO da Escola Recreio Christian School viu a necessidade de mostrar para as outras escolas como se faz um ensino bilíngue inclusivo de qualidade e apostou todas as suas fichas nessa empreitada.

Alguns pesquisadores defendem que ser bilíngue propicia ao indivíduo o desenvolvimento da linguagem. E, consequentemente, uma boa oralidade, estimulando simultaneamente a comunicação.

Além disso, tais pesquisadores acreditam que o bilinguismo contribuiria positivamente no desenvolvimento das funções executivas. Bem como na inclusão social, na educacional e no aumento da flexibilidade cognitiva do indivíduo bilíngue.

Nesse sentido, adaptando essas constatações à realidade das crianças com TDAH, o bilinguismo, normalmente atingido com a língua inglesa, é muito importante para ajudar as crianças em diversos aspectos (exemplo: desenvolvimento da linguagem).

“O ensino é diferenciado porque não é cansativo para as crianças, é algo natural sem forçar a barra, porque entendemos que tudo que é novo gera um pequeno desconforto”, comenta Gabriel.

Sistema de ensino já ajudou 200 jovens

Frozi conta que seu sistema conseguiu impactar mais de 200 alunos, e agora quer apresentar e implantar em outras escolas. O método funcionará com treinamentos para os professores de dois a três dias. “Trata-se de uma imersão para a equipe.

Ademais, o sistema de ensino é composto por livros, treinamentos, tutoriais semanais e reuniões periódicas”, comenta o CEO. De acordo com ele, não é sobre vender o sistema, mas sim sobre responsabilidade social e o compromisso com os jovens.

O intuito é diminuir o índice de reprovação dos jovens. Para a aplicação de novas medidas, alguns testes e estudos foram realizados por profissionais da educação e as pesquisas apostaram que 87% dos portadores de TDAH repetem o ano, na mesma série, mais de uma vez – comparado aos 30% dos estudantes que não eram portadores deste transtorno.

48% dos portadores de TDAH são expulsos dos colégios. Assim como 81% das crianças com TDAH apresentaram desempenho inferior ao esperado para a sua faixa de escolaridade. E apenas 19% apresentaram desempenho escolar compatível com o esperado para a sua idade.

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