SP: Grupo de escolas infantis elabora protocolo para retomada das aulas
O protocolo foi entregue na última semana ao secretário da Casa Civil, Orlando Faria, e ao presidente da Câmara Municipal da capital paulista, Eduardo Tuma
A determinação do Governo de São Paulo para retomar as aulas a partir do dia 8 de setembro parece não ter agradado a todos. É o caso de um grupo que reúne escolas infantis particulares da capital paulista.
Trata-se do coletivo “Escolas em Movimento”, de aproximadamente 400 instituições voltadas ao ensino infantil, ou seja, que atendem crianças até 5 anos de idade.
Os diretores das escolas componentes do grupo se reuniram para elaborar um protocolo com as medidas de segurança e demais diretrizes para uma retomada segura.
O protocolo foi entregue na última semana durante uma reunião desses profissionais com o secretário da Casa Civil, Orlando Faria, e com o presidente da Câmara Municipal da capital paulista, Eduardo Tuma.
Grupo alega capacidade de seguir normas sanitárias
No protocolo emitido pelo grupo Escolas em Movimento, há a menção de que as escolas privadas apresentam condições melhores do que as públicas no cumprimento das regras sanitárias dos órgãos de saúde e da prefeitura de São Paulo.
De acordo com o coletivo, as escolas infantis representadas por tal estariam preparadas para receber os alunos para as aulas tão logo, não havendo a necessidade de esperar até setembro. Estão, então, em sentido contrário ao que notificam as autoridades em educação da cidade e do Estado.
Lembrando que o Ministério da Educação divulgou as normas necessárias para que as escolas do Brasil inteiro sigam. Uso de máscaras de tecido, álcool em gel disponível nos ambientes, medição de temperatura ao chegar, distância dos alunos entre as carteiras são algumas das recomendações.
Preocupação com os pais
Ainda segundo o grupo Escolas em Movimento, a preocupação maior é com as famílias dos alunos. Argumentam que, com a reabertura da economia, muitos dos pais e responsáveis estão precisando voltar aos seus trabalhos presenciais.
Assim eles não têm onde deixar as crianças ou então recorrem a ajuda de membros da família mais idosos, com mais de 60, ou seja, que se enquadram no grupo de risco do novo coronavírus.
Também alegam que há riscos dos pequenos estarem seguindo orientações pedagógicas de pessoas que não têm gabarito para isso. Portanto, a melhor alternativa seria retomar as aulas com os professores, mas seguindo todas as exigências sanitárias que o momento pede.