Candidato à prefeitura de São Paulo ao lado de Bruno Covas (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL) participou de sabatina da Rádio Eldorado nesta segunda-feira (23). Na entrevista, ele defendeu a realização de concursos públicos, e rechaçou o argumento da atual gestão para o adiamento dos certames.
De acordo com Boulos, o prefeito Bruno Covas utiliza como motivo para não lançar novos editais o rombo que a Previdência municipal enfrenta atualmente.
Para o candidato do PSOL deve-se apostar nos concursos ainda que o segmento previdenciário passe por dificuldades.
Sobre contribuição do servidor municipal
Na semana passada, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Boulos avaliou que a falta de concursos faz com que aumente o déficit.
“Sabe por que a previdência do serviço público se torna deficitária? Porque não se faz concurso. Porque para a previdência se equilibrar tem que ter mais gente contribuindo, e não só gente recebendo” disse o candidato na ocasião.
Já para a rádio Eldorado, ele redimensionou a sua fala, assumindo que não soube colocar bem a sua opinião.
“Eu me expressei mal naquele dia. O que eu quis colocar foi o seguinte: quando um funcionário terceirizado, e hoje as contratações da prefeitura vão no sentido da terceirização, ele contribui para o regime geral do INSS, mas, quando ele é concursado, ele contribui para o regime próprio. O que eu sustento é que a previdência não pode ser utilizada como argumento para não fazer concursos públicos”, explicou Boulos.
Entretanto, o candidato não se aprofundou na questão para evidenciar suas propostas para solucionar o problema da previdência municipal de SP.
Revisão do Sampaprev e novos concursos
Na sabatina Boulos prometeu, caso eleito prefeito, fazer uma revisão o Sampaprev. Trata-se do novo regime de previdência dos servidores municipais, aprovado e sancionado por Bruno Covas (PSDB) em dezembro de 2018. A medida recebeu críticas e motivou diversos protestos.
Segundo o candidato do PSOL, seu desejo é de realizar mais concursos a partir de 2021.
Lembrando que Boulos recebe apoio de economistas, como Laura de Carvalho, que são favoráveis ao programa Renda Solidária. Este especificamente oferece auxílio emergencial à população paulistana mais carente.
Para justificar o investimento em projetos assim, os especialistas dizem que impulsiona o “ciclo virtuoso” da economia da cidade, gerando mais renda e mais arrecadação.
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